Economia
Arrecadação do governo chega a recorde de R$ 186 bilhões em fevereiro; alta é de 12%
Receita Federal aponta que aumento é explicado por contribuições previdenciárias e nova tributação dos fundos exclusivos


A arrecadação do governo federal subiu 12,3% em fevereiro, na comparação com o mês anterior. No total, foram 186,5 bilhões de reais arrecadados, segundo dados divulgados nesta quinta-feira 21 pela Receita Federal.
O montante do mês passado é o melhor resultado para o mês em toda a série histórica da Receita, que começou em 1995.
Segundo o órgão, as contribuições previdenciárias e a taxação de combustíveis impulsionaram a alta. O primeiro fator pode ser explicado pelo aumento da massa salarial, que, segundo a receita, cresceu 11,27% em um ano.
A arrecadação também foi estimulada pela nova tributação dos fundos exclusivos. Segundo a Receita, essa nova arrecadação já rendeu 8,1 bilhões de reais em janeiro e fevereiro deste ano. Caso siga o ritmo, o valor anual deve superar a expectativa feita pelo mercado, que prevê cerca de 13 milhões de reais no ano.
Fundos exclusivos são utilizados por investidores de alta renda. Depois que o Congresso aprovou a taxação sobre tais ganhos, ficou aberta a possibilidade de que pagamentos antecipados da tributação fossem feitos com descontos.
De acordo com os dados divulgados hoje, a arrecadação total de janeiro e fevereiro acumula uma alta – ajustada pela inflação – de 8,82%, na comparação com o mesmo período do ano passado. São 467,1 bilhões de reais arrecadados.
O total arrecadado pode ser dividido em duas categorias: aquilo que é administrado pela Receita (e envolve impostos de competência da União) e os recursos administrados por outros órgãos.
No primeiro caso, a alta real foi de 11,95% em fevereiro, na comparação com fevereiro de 2023, e alcançou 179 bilhões de reais. No segundo caso, a alta foi de 20,41% na comparação entre os períodos, alcançando 7,5 bilhões de reais.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Ideia de arrecadar US$ 250 bilhões com taxação anual de super-ricos chega ao G20
Por AFP
Avaliação de Lula piora no mercado financeiro, mas Haddad segue em alta entre os ‘faria limers’
Por CartaCapital