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Lula volta a acusar Israel de cometer genocídio em Gaza e critica omissão da ONU

Presidente tratou do assunto durante o evento de celebração dos 44 anos do PT

Lula volta a acusar Israel de cometer genocídio em Gaza e critica omissão da ONU
Lula volta a acusar Israel de cometer genocídio em Gaza e critica omissão da ONU
Foto: EVARISTO SA / AFP
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O presidente Lula (PT) voltou a classificar as ações militares de Israel em Gaza como genocídio. Para o brasileiro, que discursou na noite de quarta-feira 20 na festa de 44 anos do PT, a morte de mulheres e crianças civis é o motivador das suas acusações contra Benjamin Netanyahu.

“As pessoas que defendem paz no mundo não têm muita coragem de defender mulheres e crianças na Faixa de Gaza, que estão sendo assassinadas todos os dias, porque aquilo não é uma guerra, aquilo é um genocídio”, acusou Lula no evento.

“Nós temos que ter coragem de dizer essas coisas, se não, não vale a pena a nossa passagem pelo planeta Terra e nem vale a pena a gente fazer política”, afirmou, logo em seguida.

Lula disse, ainda, que vê omissão da ONU diante do massacre de palestinos. As mortes em Gaza já passam das 31 mil, sendo a maioria de crianças e mulheres. Ainda assim, o Conselho de Segurança das Nações Unidas não chegou a um consenso sobre o cessar-fogo, vetado em mais de uma ocasião pelos Estados Unidos.

Mais cedo nesta quinta-feira 21, os EUA revelaram a existência de um projeto de resolução de cessar-fogo apresentado na ONU. O documento pediria a libertação de reféns e ampliação de ajuda humanitária. Essa é a primeira vez que o país indica apoiar uma posição com esse tom. Ainda não há data para votação da proposta no Conselho de Segurança.

A demora para se encontrar uma solução diplomática para o conflito, conforme citado, foi alvo de críticas de Lula no discurso desta quarta. “Cadê a ONU, que deveria existir para evitar que essas coisas acontecessem?”, cobrou o petista no aniversário do partido.

A posição do petista, importante lembrar, gerou revolta do governo de Israel, que classificou o brasileiro como persona non grata na região após as primeiras declarações sobre o genocídio de palestinos comandado por Netanyahu.

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