Política

União Brasil afasta Bivar da presidência do partido após brigas com Rueda

Sigla ainda encaminhou ao Conselho de Ética uma ação que pode expulsá-lo da legenda

União Brasil afasta Bivar da presidência do partido após brigas com Rueda
União Brasil afasta Bivar da presidência do partido após brigas com Rueda
Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão solene do Congresso Nacional destinada a inaugurar a 1ª Sessão Legislativa Ordinária da 57ª Legislatura. Em discurso, primeiro-secretário da Mesa do Congresso Nacional, deputado Luciano Bivar (União-PE). Foto: Pedro França/Agência Senado
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O União Brasil afastou, nesta quarta-feira 20, o deputado federal Luciano Bivar (PE) da presidência do partido e encaminhou ao Conselho de Ética uma ação que pode expulsá-lo da legenda.

O afastamento ocorreu de maneira temporária, enquanto o processo tramita internamente. O parlamentar pernambucano terá mais cinco dias para apresentar nova defesa.

Procurado, Bivar ainda não comentou a decisão. O espaço segue aberto.

Foram 11 votos a favor do afastamento e cinco contra a medida proposta pela senadora Professora Dorinha (TO). O deputado participou por vídeo da reunião e se absteve de votar.

O mandato de Bivar só terminaria em maio, mas o União resolveu antecipar a saída dele da presidência após o deputado se envolver em uma ferrenha briga com o advogado Antonio de Rueda.

A decisão representa um desfecho à série de trocas de acusações protagonizadas entre as alas lideradas por Bivar e o advogado. A tensão se intensificou após um incêndio em duas casas de praia de Rueda no litoral de Pernambuco.

O afastamento e a análise de expulsão do deputado são embasadas em supostas violações ao estatuto partidário.

Os caciques da sigla atribuem a Bivar as seguintes infrações:

  • ameaça de morte contra o vice-presidente Antonio de Rueda e seus familiares, inclusive sua filha de 12 anos;
  • indícios de motivação política criminosa nos incêndios que destruíram as casas de Rueda e da tesoureira do partido, Maria Emília Rueda, sua irmã;
  • violência política contra mulher;
  • validação de cartas de desfiliação de seis deputados do União Brasil do Rio de Janeiro sem submeter à decisão colegiada do partido.

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