Política
Correia oficializará pré-candidatura a BH com ministros de Lula e de olho em ampliação de chapa
Campanha quer atrair candidaturas do PDT e do PSOL, mas projeta vice no centro


Destaque nas investigações da CPMI do 8 de Janeiro, o deputado Rogério Correia (PT-MG) lançará oficialmente a sua pré-candidatura à Prefeitura de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, nesta quinta-feira 29.
Na data, o presidente Lula (PT) deve estar no Caribe – portanto, não estará presente, mas deve ser representado pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Também confirmaram presença as ministras Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Cida Gonçalves (Mulheres), a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE), o líder do PT na Câmara, Odair Cunha (MG), e a secretária nacional de Finanças do PT, Gleide Andrade.
O pré-candidato também espera a presença dos deputados Patrus Ananias, Ana Pimentel e Leonardo Monteiro, da bancada petista de Minas Gerais, e do cantor e compositor de rap Renegado, nascido na favela de Alto Vera Cruz, da capital.
Nos bastidores, a campanha de Correia é tratada como a principal pré-candidatura do PT a uma capital.
O partido também deve ter candidatos em Porto Alegre, com Maria do Rosário, Goiânia, com Adriana Accorsi, e Natal, com Natália Bonavides. Em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, os petistas devem apoiar candidatos de outros partidos.
Sob o slogan “BH pode mais”, Correia tem na sua chapa até o momento apenas os partidos da Federação Brasil da Esperança, PCdoB e PV.
A campanha ainda quer atrair a deputada federal Duda Salabert, que também deve concorrer na eleição pelo PDT, e da deputada estadual Bella Gonçalves, do PSOL. No entanto, a intenção é de que a escolha da vice-candidatura recaia sobre um nome do centro.
Na última pesquisa Atlas Intel, do fim de dezembro, o 1º colocado na disputa é o deputado estadual Bruno Engler (PL), apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com 31,4%.
Correia aparece na 2ª posição, com 21%, seguido de Mauro Tramonte (Republicanos), com 11,6%, e de Carlos Viana (Podemos), com 7,7%. Substituto de Alexandre Kalil (PSD), o atual prefeito, Fuad Noman (PSD), logrou a 5ª posição, com 5,5%. Segundo a pesquisa, 13% não sabem, e 3,6% declararam voto branco ou nulo.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Governo busca evitar que pedido de impeachment de Lula vire ‘símbolo’ da oposição no Congresso
Por Victor Ohana
No 1º ato de rua com Marta, Boulos chama Nunes de ‘tchutchuca do Bolsonaro’
Por CartaCapital