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Sem complexo

O plano Nova Indústria Brasil é uma emancipação frente a um certo vira-latismo nacional

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, no anúncio da política industrial – Imagem: Gabriel Lemes/MDIC
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Nelson Rodrigues captou um elemento que supunha incrustado na nossa subjetividade, a vocação para a autodepreciação, que popularizou na expressão “complexo de vira-latas”. Essa descrença no potencial de realização do País, que, diga-se de passagem, não tem amparo na nossa realidade, insiste em retornar.

O exemplo mais recente do “vira-latismo” foi a recepção da imprensa e de analistas de mercado ao Nova Indústria Brasil, lançado no dia 22 de janeiro. Antes mesmo de uma análise perfunctória que fosse da política pública, duas afirmações, a “ideia velha” e o “nunca funcionou por aqui”, estruturaram discursos quase unânimes, concluindo que “vai dar errado”. Em parte, essa censura aponta para a decisão do governo de retomar o crédito público às exportações. O problema com essa censura é que ela não faz sentido no mundo em que vivemos. Todos os países que aspiram desenvolver uma indústria de bens e serviços tecnologicamente sofisticados, intensivos em capital, e com alto valor unitário, ofertam financiamento público de longo prazo com custos competitivos para ganhar mercados externos e assegurar escalas de eficiência.

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