CartaExpressa
STF intima Janones e Bolsonaro a se manifestarem em queixa-crime
O ex-presidente acusa o deputado de calúnia por usar expressões como ‘miliciano ladrão de joias’ e ‘ladrãozinho de joias’


A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, fixou nesta terça-feira 9 o prazo de 20 dias para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal André Janones (Avante-MG) se manifestarem sobre o eventual interesse em uma audiência de conciliação.
Em abril, Bolsonaro acionou o STF contra Janones por suposta calúnia. No processo, a defesa do ex-capitão menciona postagens nas quais o deputado teria usado termos como “miliciano ladrão de joias”, “ladrãozinho de joias” e “bandido fujão”.
Segundo o despacho de Cármen Lúcia, a Procuradoria-Geral da República deverá se manifestar após as partes intimadas enviarem suas respostas.
O artigo 520 do Código de Processo Penal define que, em processos por crime de injúria ou calúnia, um juiz oferecerá às partes a oportunidade para se reconciliarem.
No caso de reconciliação, depois de o autor da ação assinar um termo da desistência, a queixa será arquivada.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

8 de Janeiro: Lula chama Bolsonaro de ‘golpista’ e sugere que filhos do ex-presidente renunciem
Por Victor Ohana
Gilmar Mendes manda PGR reavaliar omissões de Bolsonaro na condução da pandemia
Por CartaCapital
Um ano depois, o 8 de Janeiro enquadrou executores. E Bolsonaro? E os militares?
Por Leonardo Miazzo