Justiça
STF marca julgamento de denúncias contra cúpula da PM do DF por omissão no 8 de Janeiro
A análise ocorrerá no plenário virtual da Corte, sem a necessidade de sessões presenciais


A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal julgará entre 9 e 20 de fevereiro, no plenário virtual, denúncias contra sete ex-integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal acusados de omissão nos atos golpistas de 8 de Janeiro.
As denúncias foram apresentadas pela Procuradoria-Geral da República.
No plenário virtual, os ministros apenas publicam os seus votos. Se um dos magistrados pedir destaque, porém, a análise será interrompida e levada ao plenário presencial.
Nesta etapa, o STF decidirá se aceita ou não as denúncias da PGR. Se as acusações forem acolhidas, os policiais se tornarão réus e responderão a ações penais.
A PGR denunciou:
- Fábio Augusto Vieira (comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal à época);
- Klepter Rosa Gonçalves (subcomandante-geral);
- Jorge Eduardo Barreto Naime (coronel);
- Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra (coronel);
- Marcelo Casimiro Vasconcelos (coronel);
- Flávio Silvestre de Alencar (major); e
- Rafael Pereira Martins (tenente).
Eles foram acusados pela PGR de cometer os seguintes crimes:
- omissão;
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de estado;
- dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima;
- deterioração de patrimônio tombado; e
- violação de deveres funcionais.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

8 de Janeiro: Agentes do caos seguem ativos e espectro do autoritarismo nos assombra, diz Lewandowski
Por Leonardo Miazzo
Fotos inéditas mostram danos provocados na Câmara e no Senado por golpistas do 8 de Janeiro
Por CartaCapital
8 de Janeiro: Um ano depois, o que pensam os brasileiros sobre o ataque e o papel de Bolsonaro
Por CartaCapital