CartaExpressa
Haddad defende incluir o agronegócio no mercado de crédito de carbono
Relator atendeu a pedidos da bancada ruralista para excluir da regulamentação setores do agro, como a produção de insumos ou matérias-primas
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), defendeu nesta sexta-feira 22 a inclusão do agronegócio nas regras do mercado de crédito de carbono, aprovadas pela Câmara dos Deputados na quinta 21. O texto voltará ao Senado para uma nova votação.
A ideia do projeto é criar um limite de emissões de gases do efeito estufa para as empresas. Aquelas que mais poluem deverão compensar suas emissões com a compra de títulos. Já as que não atingiram o limite ganharão cotas a serem vendidas no mercado.
Na última fase de negociações, o relator, Aliel Machado (PV-PR), atendeu a pedidos da bancada ruralista para excluir da regulamentação setores do agro, como a produção de insumos ou matérias-primas agropecuárias (fertilizantes, por exemplo).
“Eu considero que seria importante para o próprio setor [do agro] estar incluído. Mas essa é uma visão pessoal nossa que não foi atendida pelos parlamentares”, disse Haddad. “Eu acredito que no curto prazo essa visão vai ser revista pelo próprio setor, porque é benéfico para o setor estar incluído.”
A proposta estabelece um mercado regulado de títulos de compensação e geração de créditos por emissões de gases de efeito estufa. Esse mercado será vinculado ao Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa, a ser desenvolvido ao longo de seis anos.
Relacionadas
CartaExpressa
Presidente do Republicanos diz não ter sido comunicado sobre saída de Tarcísio
Por Leonardo MiazzoCartaExpressa
Nomeação de Pimenta ‘nos dá uma voz a mais’, diz Eduardo Leite
Por CartaCapitalCartaExpressa
Estudantes do RS ficarão isentos da taxa de matrícula do Enem, anuncia Camilo
Por CartaCapitalCartaExpressa
Ricardo Nunes se reúne com líder da extrema direita italiana
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.