Política

Saiba quem são os cotados para substituir Flávio Dino no Ministério da Justiça

Nos últimos dias, o nome do ex-ministro do STF, Ricardo Lewandowski, ganhou força

Saiba quem são os cotados para substituir Flávio Dino no Ministério da Justiça
Saiba quem são os cotados para substituir Flávio Dino no Ministério da Justiça
O presidente Lula e o então ministro da Justiça, Flávio Dino. Foto: Evaristo Sá/AFP
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Após a aprovação do nome de Flávio Dino para ocupar a vaga deixada por Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal, todos os olhos de Brasília se voltam para a escolha do novo ministro da Justiça. 

Um dos nomes que aparece, até aqui, como favorito a suceder Dino é o ex-ministro do STF, Ricardo Lewandowski. Durante a transição, ele era um dos nomes cotados para a pasta posteriormente assumida por Dino.

No entanto, segundo disse o líder do governo Lula, senador Jaques Wagner (PT-BA), ao jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira 14, ele não será o escolhido. Ao jornal, fontes próximas ao ministro sinalizaram também uma possível recusa de Lewandowski ao cargo.  

Além do ex-ministro do STF, há outros três citados para assumir a Justiça. Todos eles já estão no governo. São eles:

Apesar de ser bem avaliada pelo Congresso, a possibilidade de troca de Ministério de Tebet sofre alguma resistência dentro do PT, que preferia um nome mais à esquerda. A citação ao nome de Tebet é atribuída ao forte lobby do MDB para ampliar sua participação no governo.

Jorge Messias, que também foi cotado para o STF, aparece como o preferido do partido do presidente. A pouca experiência política do AGU, no entanto, pesa contra ele nos corredores do Planalto.

Já Cappelli, nomeado interventor do Distrito Federal depois do dia 8 de Janeiro, conhece os corredores do Ministério e tem vasto conhecimento em segurança pública. É o favorito de Dino e do PSB, partido que disputa a manutenção da pasta sob o seu comando.

Apesar de bem cotado por integrantes do governo, o interventor teria pouca proximidade de Lula. No PT, ele também não é considerado um nome muito à esquerda. 

Buscando viabilizar sua indicação, Cappelli tem mobilizado seu partido, o PSB, para fortalecer seu nome. Na segunda-feira ele se reuniu com o vice-presidente Geraldo Alckmin, também filiado à legenda. 

Segundo interlocutores, o presidente ainda poderá optar por uma “solução caseira”, buscando um nome próximo ao governo e que tenha uma certa habilidade política. 

Dentro desses planos, aparece o nome da presidente da legenda, Gleisi Hoffmann. Mesmo sendo uma aliada de primeira ordem, a petista sofre forte resistência. A ida dela ao ministério também abriria uma disputa antecipada pela presidência do PT, algo que pode prejudicar a legenda no ano eleitoral. 

Por fim, circula ainda uma possibilidade mais remota de que Lula escolha Wellington César Lima e Silva como novo ministro. Ele é o atual subchefe para Assuntos Jurídicos no governo.

A demora da escolha de Lula para um substituto pode ter uma forma de não interferir no resultado da sabatina de Dino no Senado. Com a aprovação da indicação, a nova previsão é de que Lula escolha um nome ainda antes do recesso do fim de ano. 

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