Política

Afundamento do solo de mina da Braskem chega a 2,09 m; Senado deve instalar CPI na semana que vem

A comissão parlamentar de inquérito já tem definidos nove de seus 11 integrantes titulares

Afundamento do solo de mina da Braskem chega a 2,09 m; Senado deve instalar CPI na semana que vem
Afundamento do solo de mina da Braskem chega a 2,09 m; Senado deve instalar CPI na semana que vem
Registro aéreo do bairro Mutange, em Maceió (AL), em meio ao risco de colapso de uma mina da Braskem, em 1º de dezembro de 2023. Foto: Robson Barbosa/AFP
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A Defesa Civil de Maceió (AL) informou no fim da tarde desta sexta-feira 8 que o afundamento do solo na área de uma mina da Braskem sob risco de colapso é de 0,21 centímetro por hora, totalizando 2,09 metros desde o início do monitoramento. Nas últimas 24 horas, o movimento foi de 5,2 centímetros.

No boletim anterior, divulgado na manhã desta sexta, a velocidade de afundamento era de 0,23 centímetro por hora.

A atualização mantém o alerta devido ao perigo de colapso da mina nº 18, no bairro do Mutange. A Defesa Civil reforça a recomendação de que as pessoas não devem transitar pela área desocupada.

Investigação

A CPI da Braskem no Senado já tem definidos nove de seus 11 integrantes titulares, informou Renan Calheiros (MDB-AL), o principal articulador do colegiado.

A tendência é que a instalação da comissão ocorra na próxima terça-feira 12.

Já foram indicados:

  • Jorge Kajuru (PSB-GO);
  • Omar Aziz (PSD-AM);
  • Efraim Filho (União-PB);
  • Rodrigo Cunha (União-AL);
  • Dr. Hiran (PP-PR);
  • Wellington Fagundes (PL-MT);
  • Eduardo Gomes (PL-TO);
  • Renan Calheiros (MDB-AL); e
  • Cid Gomes (PDT-CE).

Os suplentes já indicados são Magno Malta (PL-ES), Fernando Farias (MDB-AL), Leila Barros (PDT-DF), Jayme Campos (União-MT) e Cleitinho (Republicanos-MG).

A investigação parlamentar deve se debruçar sobre os danos socioambientais provocados em Maceió pela empresa petroquímica Braskem após anos de exploração de sal-gema, matéria-prima da soda caústica.

A situação é fruto de um processo que se agravou nos últimos anos. Em 2018, cavernas abertas pela extração, realizada pela companhia desde o final dos anos 1990, começaram a ser fechadas após cinco bairros passarem a afundar. Ao menos 50 mil pessoas foram afetadas.

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