Mundo
União Europeia não poderá observar eleições enquanto não revogar sanções, diz Venezuela
O governo de Nicolás Maduro repudiou a renovação das sanções, classificadas como ‘ilícitas’


O chefe da delegação do governo no diálogo venezuelano, Jorge Rodríguez, afirmou nesta terça-feira 14 que a União Europeia não poderá observar o processo eleitoral na Venezuela enquanto mantiver sanções contra o Estado e seus funcionários.
Na segunda-feira 13, o Conselho da UE anunciou a renovação por seis meses de suas sanções à Venezuela, apesar de considerar um “passo positivo” o avanço do diálogo entre o governo e a oposição e os acordos alcançados em outubro em Barbados.
“Enquanto houver um venezuelano ou venezuelana sancionado pela União Europeia e enquanto houver alguma sanção contra o Estado venezuelano, estarão impedidos de ir à Venezuela para observar qualquer tipo de eleição”, disse Rodríguez, que também é chefe do Parlamento.
O governo de Nicolás Maduro repudiou a renovação das sanções, classificadas como “ilícitas”. Em nota, a chancelaria afirmou que a decisão da UE a “inabilita a participar dos processos políticos venezuelanos”.
As sanções contra a Venezuela foram impostas em 2017, devido, supostamente, à “deterioração da democracia, do Estado de direito e dos direitos humanos”.
Na resolução de renovação, a UE indicou estar “disposta a tomar medidas e considerar a flexibilização ou revogação das medidas restritivas com base na evolução da situação e na aplicação deste acordo político”.
(Com informações da AFP)
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