Política
Pelo menos 20 militares respondem a processo por furto de 21 metralhadoras em quartel do Exército
Cerca de 40 militares continuam sem poder deixar o Arsenal de Guerra em Barueri (SP). Eles estão de prontidão para prestar informações sobre o caso


Pelo menos 20 militares respondem a processos disciplinares devido ao furto de 21 armas do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, informou o Comando Militar do Sudeste neste domingo 22.
Cerca de 40 militares continuam sem poder deixar o quartel. Eles estão de prontidão para prestar informações sobre o caso.
“Todos os militares que concorreram para esse episódio inaceitável serão punidos disciplinarmente”, disse em coletiva de imprensa o chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste, Maurício Vieira Gama. “Temos diversos militares do quartel que, por negligência, deixaram de agir na gerência, controle e fiscalização do material. Esse pessoal está sendo julgado administrativamente e pode ser preso administrativamente.”
O processo está na fase de defesa dos militares. Na sequência, eles serão julgados e poderão ser presos disciplinarmente por até 30 dias. Segundo Gama, entre os que respondem ao procedimento estão oficiais, sargentos, cabos e soldados.
Na última quinta-feira 19, a Polícia Civil do Rio encontrou oito metralhadoras (quatro calibre .50 e quatro calibre 7,62). Na sexta 20, a Polícia Civil paulista recuperou mais nove armas (cinco calibre .50 e quatro 7,62). Falta encontrar quatro metralhadoras calibre .50.
Gama ressaltou que o processo de controle das armas, que estavam no arsenal para passar por uma manutenção, é eficiente e que certamente houve a participação de militares no furto.
“[Com os] nossos processos de fiscalização e controle, se não houvesse participação do nosso pessoal, um episódio desse não aconteceria nunca”, prosseguiu. “É isso que estamos levantando na esfera administrativa, quem deixou de fazer alguma coisa. Serão punidos por ação e inação.Por isso há uma quantidade grande de militares que estão nesse processo e serão punidos.”
(Com informações da Agência Brasil)
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