Justiça
STF marca data para retomar julgamentos virtuais dos participantes do 8 de Janeiro
Casos voltarão a ser analisados a partir do dia 13 de outubro


O Supremo Tribunal Federal marcou a data para retomar os julgamentos dos participantes do 8 de Janeiro em plenário virtual. Segundo o calendário oficial da Corte, as sessões terão início no dia 13 de outubro. Os ministros poderão registrar votos até o dia 20.
Segundo a pauta divulgada pelo STF, estarão em análise oito casos que envolvem participantes daquela tentativa de golpe. Todos são acusados de integrarem o grupo de vândalos que invadiu e depredou o Palácio do Planalto.
As denúncias foram apresentadas pela PGR e acusam os réus dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; associação criminosa armada; dano qualificado; e deterioração de patrimônio tombado. As defesas negam.
Serão analisados neste bloco de ações os seguintes casos:
- Raquel de Souza Lopes, de Joinville, Santa Catarina;
- Felipe Feres Nassau, de Brasília;
- Cibele da Piedade Ribeiro da Costa Mateos, de São Paulo;
- Charles Rodrigues dos Santos, de Serra, Espírito Santo;
- Orlando Ribeiro Júnior, de Londrina, Paraná;
- Gilberto Ackermann, de Balneário Camboriu, Santa Catarina;
- Fernando Placido Feitosa, de São Paulo;
- e Fernando Kevin da Silva de Oliveira Marinho, de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro.
Todos os casos são de relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que deve ser o primeiro a registrar o voto no julgamento virtual. Se seguir o entendimento dos primeiros casos sob sua avaliação, ele indicará uma pena que varia de 12 a 17 anos de prisão.
Até aqui, seis pessoas foram condenadas pelos atos do dia 8 de Janeiro. Outros dois casos reúnem votos da maioria dos ministros pela condenação, mas foram interrompidos por manobra do ministro André Mendonça, que pediu destaque e obrigou o STF a levar os julgamentos ao plenário.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Mendonça nega má-fé ao levar caso de golpistas para plenário do STF: Duvido que colegas pensem isso
Por CartaCapital
Quem é o general que está na mira da PF por participação nos atos golpistas
Por CartaCapital
Relatório da CPMI do 8 de Janeiro será apresentado no dia 17 de outubro
Por CartaCapital
Maioria dos brasileiros concorda com prisão dos participantes do 8 de Janeiro, revela pesquisa
Por CartaCapital