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Na ONU, Biden reforça apoio dos EUA à Ucrânia e cobra mobilização global

O presidente norte-americano também pediu o envio de uma missão internacional ao Haiti

Na ONU, Biden reforça apoio dos EUA à Ucrânia e cobra mobilização global
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TIMOTHY A. CLARY / AFP
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O presidente Joe Biden reforçou, em discurso na Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira 19, a posição dos Estados Unidos de defender a Ucrânia no conflito com a Rússia.

Ele também instou os demais países presentes na cúpula a se mobilizarem contra a possibilidade de divisão do território ucraniano.

“Os Estados Unidos, juntamente com os nossos aliados e parceiros em todo o mundo, continuarão a apoiar o corajoso povo da Ucrânia na defesa da sua soberania e integridade territorial – e da sua liberdade”, disse. “Se permitirmos que a Ucrânia seja dividida, estará garantida a independência de qualquer nação? A resposta é não.”

Sobre os objetivos globais para combater a desigualdade, Biden afirmou acreditar que todos os países devem ajudar a África a ter mais conectividade e defendeu uma parceria entre as nações para o transporte de alimentos.

Quanto aos conflitos com a China, Biden afirmou que os Estados Unidos procuram “administrar de forma responsável” essa rivalidade, a fim de evitar qualquer possível guerra.

“Quando se trata da China, quero ser claro e consistente. Procuramos administrar de forma responsável a competição entre os nossos países para que isso não degenere em conflitos”, declarou.

O presidente norte-americano ainda pediu que a ONU autorize uma “missão multinacional de apoio à segurança”, com o Quênia à frente, para lidar com gangues no Haiti, país devastado por conflitos.

“Apelo ao Conselho de Segurança que autorize essa missão agora. O povo do Haiti não pode esperar muito mais.”

As autoridades haitianas e o secretário-geral da ONU, António Guterres, defendem há meses um destacamento para o país caribenho, que se afunda em uma série de crises humanitárias, políticas e de segurança que sobrecarregaram seu fraco governo e as forças de segurança.

Muitos países têm hesitado em intervir, em parte por medo de se verem em um sangrento atoleiro.

No final de julho, porém, o Quênia anunciou que estava disposto a liderar uma intervenção policial multinacional para formar e ajudar a polícia haitiana. Nairóbi prometeu enviar mil agentes.

Mais de 2,4 mil pessoas foram mortas no Haiti desde o início de 2023, em meio à violência desenfreada de gangues, disse a ONU no início de setembro.

As gangues controlam cerca de 80% da capital, e os crimes violentos dispararam, incluindo sequestro para pedido de resgate, roubo de automóveis, estupro e roubo a mão armada.

(Com informações da AFP)

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