Justiça

STF forma maioria para proibir remoções forçadas de pessoas em situação de rua

A chamada arquitetura hostil também passa a ser proibida

STF forma maioria para proibir remoções forçadas de pessoas em situação de rua
STF forma maioria para proibir remoções forçadas de pessoas em situação de rua
Pessoas dormindo sob viaduto de São Paulo (Foto: Jorge Araujo/Fotos Publicas)
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O Supremo Tribunal Federal formou, na noite deste domingo 20, maioria para confirmar determinação do ministro Alexandre de Moraes que proibiu a remoção forçada de pessoas em situação de rua.

A definição agora passa a ser de que os serviços de zeladoria são obrigados a divulgar, com antecedência, dia e hora de suas ações para que quem vive na rua possa recolher seus pertences sem conflitos.

A ordem do STF prevê também um acompanhamento sanitários aos animais que acompanham pessoas em situação de rua, bem como o fornecimento de abrigo para eles.

A chamada arquitetura hostil também passa a ser proibida.

A decisão monocrática de Moraes havia sido adotada em julho. Na ocasião, o ministro estabeleceu um prazo de 120 dias para que o governo federal apresentasse um plano de ação e monitoramento de uma política nacional sobre o tema.

O documento deverá conter, segundo o ministro, um diagnóstico sobre a população em situação de rua, com identificação do perfil e das necessidades para auxiliar a formulação de política públicas, além de diretrizes para fomentar a saída da rua por meio de programas de emprego e de formação.

O julgamento, que ocorre em plenário virtual, se encerra nesta segunda-feira. Já votaram no tema os ministros Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Nunes Marques, Rosa Weber e Cármen Lúcia. Todos seguiram a decisão de Moraes.

A discussão ocorre a pedido, feito ainda em 2022, da Rede Sustentabilidade, do PSOL e do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Eles argumentaram que o poder público vinha sendo omisso diante da situação.

Na decisão monocrática e agora confirmada em plenário, Moraes citou o trabalho do Padre Júlio Lancellotti no combate à rejeição e à aversão a pessoas pobres e destacou a importância da atuação do poder público para enfrentar o problema.

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