Economia

Wilson Ferreira Junior renuncia da Eletrobras; Ivan Monteiro é eleito novo CEO

Saída de Wilson acontece uma semana após críticas do ministro de Minas e Energia

Wilson Ferreira Junior renuncia da Eletrobras; Ivan Monteiro é eleito novo CEO
Wilson Ferreira Junior renuncia da Eletrobras; Ivan Monteiro é eleito novo CEO
Executivo assumiu a presidência da Eletrobras em setembro de 2022. Foto: Marcelo Camargo/ABR
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Wilson Ferreira renunciou nesta segunda-feira 14 ao cargo de presidente da Eletrobras. Ferreira alegou questões pessoais ao conselho da empresa.

Agora, Ivan de Souza Monteiro deixa a presidência do conselho e assume o cargo deixado por Ferreira. Para a função de presidente do conselho foi eleito Vicente Falconi Campos.

Antes de anunciar a saída, Wilson compareceu à cerimônia de cerimônia de capitalização da Copel, que teve seu processo de privatização concluído na última terça-feira 8.

Wilson assumiu a presidência da empresa em setembro de 2022, mas já havia ocupado o cargo entre 2016 e 2021, antes da privatização.

Pressão na Eletrobras

A saída de Wilson acontece semanas após o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, classificar como “um crime de lesa-pátria” o modelo de privatização da Eletrobras.

Trata-se, segundo ele, de um formato proveniente da política “entreguista” do governo de Jair Bolsonaro. Em maio, a Advocacia-Geral da União acionou o Supremo Tribunal Federal contra trechos da lei que autorizou a venda.

A ação contesta o dispositivo a tratar da redução na participação da União em votações no conselho da empresa.

A lei impediu que um acionista ou um grupo de acionistas exerça poder de voto superior a 10% da quantidade de ações. A avaliação da AGU é que o governo federal foi prejudicado pela norma, uma vez que detém cerca de 43% das ações ordinárias.

Em maio, a empresa também foi criticada após lançar plano de demissão voluntária para dispensar mais de 1.500 funcionários da ex-estatal.

A privatização da Eletrobras foi concluída em junho de 2022. A criação da estatal foi proposta em 1954 pelo então presidente Getúlio Vargas e o projeto foi aprovado sete anos depois.

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