Política

Fazendeiro preso por ameaçar Lula já foi multado em R$ 625 mil por crime ambiental

Ele foi preso enquanto comprava bebidas em uma loja, depois de dizer que atiraria na barriga de Lula durante a visita do petista a Belém

Fazendeiro preso por ameaçar Lula já foi multado em R$ 625 mil por crime ambiental
Fazendeiro preso por ameaçar Lula já foi multado em R$ 625 mil por crime ambiental
Este é Arilson Strapasson, fazendeiro preso no Pará por ameaçar de morte o presidente Lula - Reprodução/Redes Sociais
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O fazendeiro Arilson Strapasson, preso por ameaçar de morte o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi autuado duas vezes pelo Ibama por crimes ambientais e multado em 625 mil reais por desmatamento na Amazônia. A informação foi antecipada pelo G1 e confirmada por CartaCapital.

Bolsonarista, Strapasson disse à Polícia Federal também ter atuado com garimpo e financiado os acampamentos golpistas em Santarém, a 180 quilômetros de Belém (PA). Ele foi preso enquanto comprava bebidas em uma loja da cidade, depois de dizer que atiraria na barriga de Lula durante a visita do petista ao município paraense.

As multas, segundo o Ibama, foram aplicadas em 2015 (390 mil reais) e em 2020 (235 mil reais). Não há informações sobre o pagamento das penalidades. Os crimes ambientais ainda foram objeto de ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal.

A defesa do bolsonarista nesses processos foi nomeada pela Justiça por entender que ele não possuía “condições de arcar com advogado particular”.

As degradações ambientais das quais o fazendeiro é acusado teriam acontecido em áreas localizadas em Novo Progresso, onde ele reside atualmente. Os endereços de Strapasson foram alvos de busca e apreensão da PF na manhã desta sexta-feira 4 com o objetivo de “levantar mais elementos de convicção”.

Os laços do bolsonarista com os atos golpistas do 8 de Janeiro também são alvo de apuração na PF. Isso porque, segundo relatou aos investigadores, ele foi a Brasília e participou da invasão à Câmara de Deputados durante o quebra-quebra na Praça dos Três Poderes.

Antes, Strapasson participou e financiou com 60 mil reais as manifestações em frente a um batalhão ligado ao Exército em Santarém, sendo 1 mil a cada dia, por dois meses.

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