Justiça

PGR volta atrás e propõe acordo para livrar ex-líder do governo Temer da prisão

O ex-deputado André Moura é réu no STF em três processos por peculato e desvio de recursos públicos da prefeitura de Pirambu, no interior de Sergipe

PGR volta atrás e propõe acordo para livrar ex-líder do governo Temer da prisão
PGR volta atrás e propõe acordo para livrar ex-líder do governo Temer da prisão
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO
Apoie Siga-nos no

A Procuradoria-Geral da República propôs um acordo de não-persecução penal com o ex-deputado federal André Moura (União-SE), ex-líder do governo Michel Temer (MDB) no Congresso. A informação foi confirmada a CartaCapital por integrantes da defesa do político.

O cacique do Centrão é réu no Supremo Tribunal Federal em três processos por peculato e desvio de recursos públicos da prefeitura de Pirambu, no interior de Sergipe (cerca de 40 quilômetros de Aracaju).

Moura chegou a ser condenado a oito anos e três meses de prisão em duas ações no plenário do Supremo, mas recorre da decisão. Um dos recursos seria julgado durante sessão nesta semana, mas foi retirado de pauta. Falta apenas o voto do ministro André Mendonça.

O acordo de não-persecução penal vale para crimes sem violência e com pena baixa. Nesses casos, o Ministério Público entende que a proposta seria suficiente para reprimir as irregularidades das quais o réu é acusado.

Prefeito de Pirambu entre 1997 e 2004, Moura foi acusado pela PGR de usar sua influência política para eleger seu sucessor com o objetivo de continuar administrando a cidade.

Uma vez empossado no cargo, o novo prefeito teria sido pressionado a disponibilizar recursos do município, como motoristas da prefeitura, linhas telefônicas, servidores e até dinheiro para interesses privados do antecessor.

O caso foi parar no Supremo em 2011, ano em que Moura assumiu o cargo de deputado federal. Anos depois, o político foi escolhido para mediar a relação do governo Temer com o Congresso. Atualmente, ele representa o governo Cláudio Castro (PL-RJ) em Brasília como secretário extraordinário.

Procurado pela reportagem, André Moura não se manifestou.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo