Economia

Em dia de decisão no Copom, Haddad diz esperar ‘corte mais consistente’ da taxa de juros

Ministro disse que mercado estima queda entre 0,5 e 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros

Em dia de decisão no Copom, Haddad diz esperar ‘corte mais consistente’ da taxa de juros
Em dia de decisão no Copom, Haddad diz esperar ‘corte mais consistente’ da taxa de juros
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) irá reduzir a taxa de juros em, pelo menos, 0,5 ponto percentual, na reunião marcada para esta quarta-feira 2. Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da TV Brasil, Haddad disse que hoje é “um dia decisivo”.

“A taxa Selic hoje a 13,75% é a maior do mundo, em termos reais. Ou seja, a taxa acima da inflação, projetada para o ano que vem, está em 10%”, disse o ministro. “Então, nós temos um espaço aí importante para a queda da taxa básica, e quando cai a taxa básica de juros, o que certamente vai começar a acontecer hoje”, afirmou Haddad.

Para o ministro, as condições atuais da economia do país – notadamente, a redução na inflação – conduz à queda na taxa de juros. Segundo ele, o Brasil viveu um surto inflacionário, mas o governo deu um “freio de arrumação” na situação.

Tudo isso aponta, em uma direção técnica, para um corte mais consistente. Hoje, o mercado está pendendo mais para 0,5 ponto percentual, embora tenha gente no mercado apostando em uma queda de 0,75. Penso que as perspectivas são muito boas”, afirmou Haddad. 

Para o ministro, a discussão técnica sobre a taxa de juros é inerente ao ambiente democrático. “Às vezes, as pessoas pensam que existe o político e o técnico. Então, vamos ser técnicos. Isso é uma meia verdade. Tecnicamente falando, você pode discutir. Não é porque você está discutindo que não está sendo técnico”, analisou o ministro da Fazenda. 

PAC e aprovação do novo marco fiscal

Haddad tratou, também, do lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que está previsto para a próxima semana. Segundo o ministro, o programa exigirá investimentos da ordem de 240 bilhões de reais em quatro anos. 

Ao ser perguntado sobre o programa, Haddad citou que espera que o novo marco fiscal seja aprovado de maneira definitiva pela Câmara dos Deputados nas próximas semanas.

“Estamos prevendo 240 bilhões de investimentos em quatro anos. Queremos destravar o investimento público com responsabilidade fiscal, no âmbito do novo marco fiscal, que vai ser aprovado nas próximas semanas pela Câmara em caráter terminativo”, prevê Haddad.

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