Mundo

Golpistas do Níger acusam França de querer ‘intervir militarmente’

Acusação contra o país europeu consta em comunicado divulgado na TV estatal nesta segunda-feira

Golpistas do Níger acusam França de querer ‘intervir militarmente’
Golpistas do Níger acusam França de querer ‘intervir militarmente’
Foto: ORTN - Télé Sahel / AFP
Apoie Siga-nos no

Os militares do Níger que derrubaram o presidente eleito Mohamed Bazoum acusaram a França, ex-potência colonial, de querer “intervir militarmente” para levá-lo novamente ao cargo, segundo um comunicado divulgado nesta segunda-feira (31) pela televisão estatal.

“Na sua linha de conduta, em sua busca de formas e meios para intervir militarmente no Níger, a França, com a cumplicidade de alguns nigerinos, realizou uma reunião com o Estado-Maior da Guarda Nacional do Níger para obter as autorizações políticas e militares necessárias”, afirma o comunicado.

O presidente francês Emmanuel Macron e sua diplomacia ainda não se pronunciaram oficialmente sobre as acusações.

No final de semana, os Estados Unidos e a União Europeia manifestaram o seu apoio ao presidente deposto do Níger, Mohamed Bazoum, e aumentaram a pressão sobre os militares golpista.

No sábado 29, a União Africana também exigiu o restabelecimento da ordem constitucional. Já no domingo 30, líderes da África Ocidental deram um ultimato aos golpistas e não descartaram o uso da força na região. O prazo é de uma semana.

No Níger, o presidente eleito Bazoum está detido desde quarta-feira pelos militares no palácio presidencial. Na sexta-feira, o general Abdourahamane Tiani, líder da Guarda Presidencial, se autoproclamou o novo líder do país.

Tiani justificou o golpe pela “deterioração da situação de segurança” no país, devastado pela violência de grupos jihadistas como o Estado Islâmico e a Al-Qaeda.

(Com informações de AFP)

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo