Justiça

Tribunal aceita denúncia contra Renato Kalil por violência psicológica no parto de Shantal

A Corte julgou nesta quinta-feira 27 um recurso da influencer contra a decisão de primeiro grau que rejeitou a denúncia

Tribunal aceita denúncia contra Renato Kalil por violência psicológica no parto de Shantal
Tribunal aceita denúncia contra Renato Kalil por violência psicológica no parto de Shantal
Shantal denunciou médico por causade seu parto - Reprodução
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O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou, nesta quinta-feira 27, a denúncia contra o médico obstetra Renato Kalil por lesão corporal e violência psicológica durante o parto da influencer Shantal Verdelho. 

Em primeira instância, o juiz Carlos Alberto Corrêa de Almeida Oliveira, da 25ª Vara Criminal de São Paulo, afirmou não haver provas a justificarem a denúncia.

No entanto, após um recurso apresentado pela defesa de Shantal, a denúncia foi aceita de forma unânime pelo TJ-SP. Agora, o caso retorna à primeira instância e o médico deverá responder pelos crimes. 

Em 2022, Shantal Verdelho revelou nas redes sociais ter sido vítima de violência obstétrica por Kalil durante o parto de sua segunda filha. 

Ela relata que, em determinado momento do parto, o médico chamou seu marido para mostrar as lacerações vaginais que ocorreram durante o nascimento da criança. 

“Ele chamou meu marido e falou: ‘olha aqui, toda arrebentada. Vou ter que dar um monte de pontos na perereca dela’. Ele falava de um jeito como ‘olha aí, onde você faz sexo, tá tudo fodido’. Ele não tinha que fazer isso. Ele nem sabe se eu tenho tamanha intimidade com meu marido”, contou.

“Quando a gente assistia ao vídeo do parto, ele me xinga o trabalho de parto inteiro. Ele fala ‘porra, faz força. Filha da mãe, ela não faz força direito. Viadinha. Que ódio. Não se mexe, porra’… depois que revi tudo, foi horrível”, comentou a influencer em um áudio vazado nas redes sociais. 

Na polícia, o obstetra admitiu ter usado “palavras inadequadas” durante o procedimento, mas alegou que elas foram proferidas “apenas em um momento de incentivo motivacional, pois o parto era um parto difícil”. Ele nega a prática de violência obstétrica. 

Os supostos abusos, segundo a denúncia, ocorreram em setembro de 2021, no Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo. 

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