CartaExpressa

MP pede remoção de postagem e quer quebrar sigilo de dados de Jean Wyllys

O governador do RS, Eduardo Leite, acionou o órgão contra o ex-deputado por considerar um post homofóbico

MP pede remoção de postagem e quer quebrar sigilo de dados de Jean Wyllys
MP pede remoção de postagem e quer quebrar sigilo de dados de Jean Wyllys
Eduardo Leite e Jean Wyllys. Fotos: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil e José Cruz/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O Ministério Público do Rio Grande do Sul pediu à Justiça, nesta sexta-feira 21, que determine a remoção de um tweet do ex-deputado Jean Wyllys considerado homofóbico pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).

O tucano acionou o MP na quinta 20, após uma discussão nas redes sociais motivada pela decisão do governo gaúcho de manter as escolas cívico-militares. Wyllys republicou o anúncio de Leite com a resposta: “Que governadores heteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay…? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então… Tá feio, bee!”.

Segundo Leite, o ex-parlamentar, “desbordando dos limites da liberdade de expressão constitucionalmente assegurada, ofendeu a dignidade e o decoro do Governador do Estado do Rio Grande do Sul“.

Para o promotor de Justiça David Medina da Silva, Jean Wyllys “ultrapassou os limites da liberdade de expressão, ofendendo a dignidade e o decoro do Governador do Estado, sobretudo considerando o alcance da publicação”. O MP-RS ainda solicitou à Justiça que determine a quebra de sigilo de dados do ex-deputado.

Ao acionar o MP, Leite pediu que o órgão adote todas as medidas judiciais cabíveis para elucidar os fatos e levar à “responsabilização penal” de Wyllys.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo