Mundo
Macron agradece a Boric por sua ‘inequívoca posição’ sobre a guerra na Ucrânia
O encontro ocorre dias depois de uma cúpula que refletiu as divergências entre Europa e América Latina a respeito do conflito
O presidente da França, Emmanuel Macron, destacou nesta sexta-feira 21 a “inequívoca posição” de seu par chileno, Gabriel Boric, contra a invasão russa da Ucrânia, ao recebê-lo em Paris. O encontro ocorre dias depois de uma cúpula que refletiu as divergências entre Europa e América Latina.
“Quero agradecer por sua inequívoca posição sobre a guerra lançada pela Rússia na Ucrânia”, afirmou Macron no Palácio do Eliseu, sede da Presidência, após receber Boric com um aperto de mãos e um abraço para um almoço de trabalho.
O encontro acontece após o término de uma turnê europeia do presidente chileno, que na segunda e na terça-feira participou de uma cúpula em Bruxelas com seus pares da União Europeia e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, ofuscada pelas discordâncias sobre a Ucrânia.
Apesar dos esforços europeus, a declaração final, que não contou com o apoio da Nicarágua, se limitou a expressar “preocupação” com “a guerra contra a Ucrânia”, sem mencionar a Rússia. Boric havia pedido que a América Latina denunciasse “claramente” essa “guerra de agressão imperial inaceitável”.
Durante sua primeira visita oficial à França, o governante de esquerda, de 37 anos, promoveu o Chile perante empresários e políticos como um “país estratégico na transição climática” para “o mundo”.
Boric destacou assim os setores de hidrogênio verde, cobre e lítio – o Chile é o segundo produtor mundial deste metal, necessário para baterias de carros elétricos – e o interesse de empresas em aprofundar seus investimentos no país.
“Existem fortes complementaridades entre nossos dois países em setores-chave para a transição energética, como a produção de energia descarbonizada e a extração de metais críticos”, declarou Macron, que lançou uma significativa produção de baterias no norte da França.
Outro dos pontos em comum é a cooperação sobre a Antártica, que se traduziu na véspera na assinatura de um acordo entre os chanceleres dos dois países, e que, segundo o presidente francês, protagonizará a “primeira cúpula dos polos”, prevista para novembro em Paris.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.