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Deputados da base aliada engrossam ofensiva do governo contra clubes de tiro
Enquanto o Ministério da Justiça prepara um decreto para regularizar a atividade dos estabelecimentos, deputados como Túlio Gadelha (Rede) apresentam PLs para endurecer regras de atuação


Deputados da base aliada ao governo Lula (PT) pretendem engrossar a ofensiva contra clubes de tiro no Congresso após o término do recesso parlamentar.
Enquanto o Ministério da Justiça prepara um decreto para regularizar a atividade dos estabelecimentos, parlamentares apresentam projetos de lei para endurecer as regras de atuação dos clubes.
Uma proposta, protocolada pelo deputado federal Túlio Gadelha (Rede-PE), prevê restringir a circulação de membros dos clubes da 0h às 6h, quando os estabelecimentos deverão ficar fechados. Haverá exceção apenas para quem possuir autorização da Polícia Federal.
“Diversos atiradores vem burlando a legislação de porte de arma de fogo, restrita às hipóteses previstas na lei para portarem suas armas de forma indiscriminada, colocando em risco a segurança de terceiros e dos agentes de segurança pública”, argumenta Gadelha.
A ideia é montar duas frentes de atuação contra eventuais resistências da bancada oposicionista. Isso porque, apesar da edição dos decretos, o Congresso pode derrubar o texto apresentado pela pasta chefiada por Flávio Dino (PSB).
De acordo com Dino, o decreto deve ser editado por Lula nesta sexta-feira 21. Em linhas gerais, a proposta ainda reduz o número de armas e de munições que os brasileiros poderão comprar.
Sob Bolsonaro, os clubes de tiro passaram a funcionar 24 horas por dia. A mudança permitiu que os atiradores pudessem transportar armas a qualquer hora do dia, com o argumento de que estariam a caminho dos stands.
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