Política

O caminho para o Republicanos integrar o governo Lula, segundo lideranças do partido

O principal foco de resistência é a ala bolsonarista da legenda, encabeçada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas

O caminho para o Republicanos integrar o governo Lula, segundo lideranças do partido
O caminho para o Republicanos integrar o governo Lula, segundo lideranças do partido
Na bancada da Câmara, há apenas uma certeza: o deputado federal Silvio Costa Filho (PE) será escolhido por Lula para o comando do Ministério dos Esportes - Ricardo Stuckert/PR
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Lideranças do Republicanos ouvidas por CartaCapital acreditam ser “questão de tempo” o embarque formal da legenda na base de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para isso, o petista deveria ceder o comando do Ministério dos Esportes, hoje sob a batuta de Ana Moser.

Segundo um influente parlamentar da sigla, o “sentimento de aproximação” seria majoritário na bancada e a resistência poderia ser dissolvida aos poucos.

Atualmente, o principal foco de atrito é a ala bolsonarista, encabeçada por Tarcísio de Freitas. O início das conversas com o governador de São Paulo vem na esteira do mal-estar com Bolsonaro em meio às discussões sobre a reforma tributária.

Deputados avaliam que o episódio deve ser um “divisor de águas” sobre qual caminho a legenda seguirá. As sondagens também contam com aval do presidente do Republicanos, o deputado Marcos Pereira (SP).

Pereira, que vez ou outra ressalta a ‘independência’ em relação ao Palácio do Planalto, tem ouvido lideranças da sigla sobre uma eventual aproximação.

Por ora, a estratégia definida é que Lula convide Silvio Costa Filho (PE) para chefiar o Ministério dos Esportes como uma indicação de sua cota pessoal.

De acordo com outro interlocutor da legenda, o presidente tem uma boa relação com o grupo de Costa Filho e a indicação não traria “problemas” à posição de independência do Republicanos.

Como mostrou CartaCapital, a articulação de partidos do Centrão para ampliar o controle de cargos no segundo e no terceiro escalões do governo aumentou nos últimos dias. Legendas miram postos estratégicos na estrutura federal, a exemplo de Correios, Embratur e Funasa.

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