CartaExpressa

PGR defende que processo de Lira contra Renan seja enviado ao STF

O senador é réu por fazer postagens nas quais chama Lira de ‘ladrão’ e diz que ele interferiu na PF de Alagoas para afastar o governador, em outubro de 2022

PGR defende que processo de Lira contra Renan seja enviado ao STF
PGR defende que processo de Lira contra Renan seja enviado ao STF
Arthur Lira e Renan Calheiros. Fotos: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil e Marcelo Camargo/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

A Procuradoria-Geral da República defendeu no Supremo Tribunal Federal que um processo movido na Justiça Federal de Brasília pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL) seja enviado à Corte. A informação é da revista Veja.

Neste caso – mais um da série de embates entre os parlamentares – o senador é réu por por chamar Lira de “ladrão” e dizer que ele interferiu na Polícia Federal em Alagoas.

Na manifestação assinada pelo subprocurador-geral Luiz Augusto Santos Lima, a PGR argumenta que o caso tem relação com o mandato de Renan e por isso deve ser remetido ao Supremo, onde o senador possui foro privilegiado. “A questão ventilada nesta Reclamação, sem sombra de dúvidas, evidencia a usurpação de competência desse Supremo Tribunal Federal”, escreveu.

Renan foi processo por crime contra a honra do deputado após escrever nas redes sociais, em 14 de outubro de 2022, que Lira “é ladrão já condenado por desvios na Assembleia”. O senador ainda acusou o presidente da Câmara de interferir na PF para obter o afastamento do governador Paulo Dantas (MDB) às vésperas do segundo turno.

O Superior Tribunal de Justiça chegou a afastá-lo do cargo por suspeitas de corrupção na Assembleia Legislativa do estado, mas a decisão foi derrubada pelo STF.

A ação apresentada por Lira foi acolhida pela juíza Ana Cláudia Loiola de Morais Mendes, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. Na última quarta-feira 31, o ministro André Mendonça suspendeu o andamento do processo de forma temporária – de acordo com o magistrado, o tribunal não tem competência para julgar casos cobertos por prerrogativa de foro.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo