Economia

BNDES fará estudos sobre a exploração de petróleo na foz do Amazonas, diz Mercadante

No Rio de Janeiro, Mercadante também anunciou a liberação de 5 bilhões de reais em crédito para a realização da COP30, em 2025

BNDES fará estudos sobre a exploração de petróleo na foz do Amazonas, diz Mercadante
BNDES fará estudos sobre a exploração de petróleo na foz do Amazonas, diz Mercadante
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Aloizio Mercadante, disse que a instituição estudará a possibilidade de exploração de petróleo na foz do Amazonas. O início das avaliações, contudo, só acontecerá após a conclusão das análises feitas pelo Ibama e pela Petrobras, segundo o petista.

O BNDES vai estudar em profundidade e no momento adequado vai se posicionar. Como nós não temos nenhuma demanda em relação a esse processo, neste momento, não cabe a gente se antecipar”, destacou durante coletiva de imprensa no Rio de Janeiro nesta sexta-feira 2. “É um tema que nós estamos iniciando os estudos e, evidentemente, vamos aguardar o posicionamento dos órgãos competentes.”

Mercadante ainda pregou tranquilidade e enfatizou a importância da preservação ambiental, mas ressaltou que o petróleo possui grande potencial econômico para o País. O presidente do BNDES ainda citou exemplos de países que, segundo ele, apostaram na exploração e tiveram sucesso na empreitada.

“Só faz sentido essa questão em uma perspectiva de preservar a floresta, de sustentar ambientalmente a região e de criar uma economia alternativa que seja uma economia descarbonizada. O petróleo continuará sendo uma matriz presente durante as próximas décadas.

As declarações de Mercadante ocorrem em meio à crise aberta no governo após o Ibama negar a licença solicitada pela Petrobras para perfurar o bloco FZA-M-59, na bacia da foz do Amazonas, considerado o “novo pré-sal” do País.

O documento técnico defendeu que o projeto da petrolífera apresentou “inconsistências preocupantes” para uma operação em área de “alta vulnerabilidade socioambiental”. Impactos em três terras indígenas em Oiapoque também não foram devidamente explicados, acrescentou o instituto.

Recursos para a COP30

No Rio de Janeiro, Mercadante ainda anunciou, ao lado do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), a liberação de 5 bilhões de reais em crédito para a realização da 30ª cúpula da Organização das Nações Unidas sobre o clima, a COP30, em 2025. O evento acontecerá em Belém.

A maioria dos recursos, informou o presidente do BNDES, virá por meio de uma linha de crédito destinada a estados e municípios (cerca de 3 bilhões). Verbas não reembolsáveis do Fundo Clima e do Fundo Amazônia também serão utilizadas para custear a COP30.

Os valores serão aplicados, entre outros, no plano de transição do transporte público rodoviário de Belém, com a implementação de ônibus elétricos e a gás, e no apoio a projetos de bioeconomia e suporte ao setor hoteleiro.

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