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Promotor é assassinado a tiros no Equador
O promotor Leonardo Palacios morreu depois de um ataque na cidade de Durán, perto de Guayaquil
Um promotor equatoriano foi assassinado por homens armados em uma das cidades mais violentas do país na quinta-feira (1), no mesmo dia em que a procuradora-geral recebeu ameaças de morte.
O promotor Leonardo Palacios morreu depois de um ataque na cidade de Durán, perto de Guayaquil, informou o MP no Twitter.
Ele foi atacado depois de participar em uma “audiência de julgamento contra dois homens processados por assassinato”. Quando ele dirigia, alguns criminosos o interceptaram e abriram fogo. As autoridades coletaram mais de 40 evidências balísticas no local do crime.
Jorge Hadathy, chefe de polícia de Durán, informou que uma secretária do MP também estava no carro, mas ela escapou ilesa.
O assassinato de Palacios aconteceu no mesmo dia em que a procuradora-geral do Equador, Diana Salazar, recebeu ameaças de morte em um vídeo enviado por Whatsapp e que foi divulgado pela imprensa.
Seis pessoas com fuzis e encapuzadas aparecem no vídeo.
“Você vai fazer aniversário, não quero estragar sua festa matando sua filha”, afirma uma voz no vídeo recebido pela procuradora-geral, conhecida por ter obtido uma condenação por corrupção contra o ex-presidente Rafael Correa (2007-2017).
Enquanto os homens armados apontam seus fuzis para o chão, ouve-se outra frase: “Se você não for por bem, vai por mal, e por mal te mando para o inferno para comemorar”.
#COMUNICADO | #FiscalíaEc condena todo tipo de intimidación, hace un llamado a la opinión pública y a organismos internacionales a estar vigilantes, y reafirma su compromiso con la ciudadanía de seguir cumpliendo su trabajo, sobre la base de la Ley. ⬇️ pic.twitter.com/bg9cRVgPyt
— Fiscalía Ecuador (@FiscaliaEcuador) June 1, 2023
O Equador enfrenta uma onda de violência, com uma taxa de homicídio de 25 para cada 100.000 habitantes.
No ano passado, dois promotores e um juiz foram assassinados a tiros no país.
Após a denúncia das ameaças de morte contra Salazar, o ministério do Interior ordenou o reforço da segurança da procuradora-geral.
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