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Dois novos ataques armados deixam 5 mortos no Equador

País vive uma onda de violência causada por uma disputa pelo comando do narcotráfico na região

Equipe na cena do crime onde três agentes penitenciários foram mortos em frente à penitenciária Litoral em Guayaquil, Equador. Foto: Enrique Ortiz / AFP
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O Equador, que vivencia uma onda de violência de gangues do narcotráfico que disputam o controle do negócio nas prisões e nas ruas do país, registrou, nesta quinta-feira (13), dois novos ataques armados que deixaram cinco mortos e um ferido, informaram as autoridades.

Três guardas penitenciárias foram assassinadas do lado de fora de uma prisão em Guayaquil, e duas pessoas morreram e outra ficou ferida no porto de Posorja.

Sem entrar em detalhes, a polícia descreveu a agressão de hoje contra as três mulheres como um “ataque armado” e garantiu que suas unidades “foram mobilizadas para encontrar os responsáveis”, segundo uma mensagem no Twitter.

O órgão estatal responsável pelas prisões (SNAI) confirmou aos jornalistas a morte das três guardas – de entre 26 e 31 anos – na “área externa do Complexo Penitenciário de Guayas”.

Nesse mesmo centro prisional, situado em Guayaquil e principal cenário de massacres entre presos desde 2021, seis detentos foram encontrados enforcados em suas celas na quarta-feira.

As mulheres assassinadas hoje estavam em um restaurante, onde foram atacadas por “pistoleiros”, contou à imprensa o diretor-geral do SNAI, Guillermo Rodríguez.

A polícia também reportou hoje que os ocupantes de uma canoa foram atacados no mar, em frente ao porto de Posorja. Duas pessoas morreram e outra ficou gravemente ferida.

Cerca de dez atiradores efetuaram “disparos” contra a embarcação, assinalou o coronel Edison Rodríguez, chefe da polícia local.

Na terça-feira, por volta de 30 atiradores abriram fogo em um porto de pescadores artesanais em Esmeraldas, no norte do país e perto da fronteira com a Colômbia, deixando nove mortos.

Os atiradores chegaram em lanchas e automóveis e atiraram indiscriminadamente contra a população, segundo imagens das câmeras de segurança.

O Equador enfrenta uma onda de violência relacionada à disputa por poder das gangues do narcotráfico, que usam as prisões do país como centros de operações.

Os enfrentamentos entre os criminosos somam mais 400 presos mortos desde 2021, enquanto a taxa de assassinatos a nível nacional quase dobrou entre 2021 e 2022, passando de 14 para 25 por cada 100.000 habitantes, segundo as autoridades.

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