Justiça

MPF abre investigação para apurar racismo no caso da passageira expulsa de voo da Gol

O ministério oficiou os principais envolvidos no caso a prestar esclarecimentos, incluindo a companhia aérea e Superintendência da Polícia Federal na Bahia

MPF abre investigação para apurar racismo no caso da passageira expulsa de voo da Gol
MPF abre investigação para apurar racismo no caso da passageira expulsa de voo da Gol
Créditos: Reprodução
Apoie Siga-nos no

O Ministério Público Federal abriu investigação sobre o caso da passageira que foi expulsa de um voo da Gol, no Aeroporto Internacional de Salvador (BA), após ter problemas para acomodar sua bagagem de mão. A informação foi divulgada pelo órgão nesta sexta-feira 5. O caso aconteceu no dia 28 de abril.

Segundo o MPF, o objetivo da apuração é investigar a possível ocorrência de racismo e violação dos direitos das mulheres, “para que se possa adotar as providências compensatórias, reparatórias e de responsabilização, no âmbito cível, para a proteção dos direitos coletivos eventualmente violados”.

Além disso, o ministério oficiou os principais envolvidos no caso a prestar esclarecimentos. No caso da Gol, a companhia aérea foi instada a apresentar detalhes sobre o ocorrido, além de cópia da regulamentação que orienta seus funcionários em situações dessa natureza, qualificação de toda a equipe de bordo que estava presente e, ainda, esclarecimento referente ao treinamento e qualificação de seus funcionários sobre o tratamento a ser dispensado aos passageiros, sobretudo, para evitar qualquer espécie de discriminação.

Também foi pedido à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que se manifeste sobre o episódio, em especial quanto à regulamentação existente acerca dos poderes da equipe de bordo, limites e instrumentos para fiscalização das decisões tomadas e prevenção de eventuais atitudes abusivas e discriminatórias em relação a fatos ocorridos em aeronaves.

Já a Superintendência Regional da Polícia Federal na Bahia deve apresentar informações detalhadas sobre a atuação dos policiais federais no episódio, inclusive, qualificação dos agentes, e regulamentação existente quanto a procedimentos e verificações a serem realizadas quando acionados pela equipe de bordo de aeronaves.

O suposto crime de racismo no episódio também está em apuração pela área criminal do MPF. Esta investigação corre em sigilo.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo