CartaExpressa
Alckmin nega reforma ministerial após briga de ministra do Turismo com União Brasil
Segundo o vice-presidente, a discussão de uma eventual troca de cadeiras com a possível saída de Daniela Carneiro do partido não está em pauta no governo federal
Segundo o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), não está em pauta, neste momento, a possibilidade de que o governo Lula (PT) promova uma reforma ministerial mesmo diante da briga entre União Brasil e Daniela Carneiro, ministra do Turismo. A posição foi externada em conversa com jornalistas na saída de um evento promovido pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base nesta quarta-feira 12.
“Não tem nenhuma história de reforma ministerial. O cargo de ministro é responsabilidade e confiança do presidente da República. Não tem nenhuma discussão de reforma ministerial”, garantiu Alckmin ao ser questionado sobre a situação da ministra
A chefe da pasta do Turismo pediu, nesta semana, autorização do Tribunal Superior Eleitoral para se desfiliar do União Brasil. Ela e outra leva de deputados do Rio de Janeiro acusam Luciano Bivar de assédio e perseguição. Com a iminente saída de Daniela, o cacique do Centrão já sinalizou que pretende indicar outro nome para o cargo. Na sua visão, a cadeira é do partido e não da pessoa física. Por ora, Lula não sinalizou se aceitará a troca.
O União Brasil, importante lembrar, controla direta ou indiretamente três ministérios. Além da cadeira ocupada por Daniela, tem sob sua responsabilidade a pasta das Comunicações, com Juscelino Filho, e o Desenvolvimento Regional, na figura de Waldez Góes. Ainda assim, a legenda não integra a base de Lula no Congresso Nacional. O distanciamento já gerou questionamentos por parte da cúpula petista. Gleisi Hoffmann, que comanda o PT, chegou a pedir que os cargos fossem revistos antes mesmo da disputa entre Daniela e União vir a público.
No escopo da situação protagonizada pela ministra do Turismo estão ainda os acenos de Lula para atrair outra legenda da centro-direita para sua base de apoio. O petista mira conquistar ao menos parte dos votos dos Republicanos e, para isso, já cogitava ceder cargos no segundo escalão ao partido. A sigla deve ser o destino de Daniela caso receba autorização do TSE. Seu marido, o prefeito de Belford Roxo Waguinho, já rumou para lá após perder o comando do União no Rio de Janeiro.
Relacionadas
CartaExpressa
Chega a 113 o número de mortes por chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul
Por CartaCapitalCartaExpressa
Fufuca defende paralisação futebol brasileiro por conta da calamidade no Rio Grande do Sul
Por André LucenaCartaExpressa
PDT sai em defesa de Ciro Gomes após Justiça determinar penhora de bens em processo contra a Abril
Por CartaCapitalUm minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.