Economia

Bancos são livres, mas não podem abusar, diz ministro sobre reação a corte nos juros do consignado INSS

Instituições decidiram suspender empréstimos nessa modalidade após decisão do Conselho Nacional da Previdência Social

Bancos são livres, mas não podem abusar, diz ministro sobre reação a corte nos juros do consignado INSS
Bancos são livres, mas não podem abusar, diz ministro sobre reação a corte nos juros do consignado INSS
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Foto: Reprodução/Redes Sociais
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O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou nesta quinta-feira 16 a CartaCapital que os bancos têm liberdade, mas não podem cobrar taxas abusivas de aposentados e pensionistas.

Três dias após o Conselho Nacional de Previdência Social aprovar a queda dos juros do empréstimo consignado do INSS, bancos começaram a suspender a oferta dessa modalidade.

O CNPS, conforme medida assinada por Lupi, reduziu de 2,14% para 1,70% ao mês a taxa máxima de juros no empréstimo pessoal. Entre as instituições que interromperam a concessão estão Bradesco, Itaú, Pan e Daycoval.

“O banco é livre para fazer o que quiser, mas não pode abusar nas taxas dos mais necessitados, que são nossos aposentados e pensionistas”, disse o ministro à reportagem. “Compare os dados oficiais do Banco Central dos consignados dos funcionários ativos e os dos beneficiários do INSS. A mesma garantia e valores completamente diferentes. Por que para um pode e para o outro não?”

O CNPS é presidido pelo ministro da Previdência Social e composto por representantes do governo federal, dos aposentados e pensionistas, dos trabalhadores em atividade e dos empregadores.

Os 15 integrantes se dividem da seguinte forma:

  • seis do governo
  • três dos sindicatos de empregados
  • três dos aposentados
  • três dos sindicatos de empregadores

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos alegou que “os novos tetos têm elevado risco de reduzir a oferta do crédito consignado, levando um público, carente de opções de crédito acessível, a produtos que possuem em sua estrutura taxas mais caras (produtos sem garantias), pois uma parte considerável já está negativada”.

A Febraban reforçou, no entanto, que cada banco “segue sua estratégia comercial de negócio na concessão, ou não, da linha de crédito consignado para beneficiários do INSS”.

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