Economia
Gigantes dos EUA preparam depósito bilionário para evitar o colapso de mais um banco
O plano chega a 30 bilhões de dólares e tem o objetivo de resgatar o First Republic Bank


Os maiores bancos dos Estados Unidos estão próximos de um acordo sobre o plano para depositar cerca de 30 bilhões de dólares no First Republic Bank. O movimento é orquestrado pelo governo norte-americano e tem o objetivo de estabilizar a instituição, conforme o relato de fontes à agência especializada Bloomberg.
Gigantes como JPMorgan Chase, Citigroup, Bank of America, Wells Fargo e Morgan Stanley compõem a negociação, confirmaram as fontes, mas pedem para não ser identificados, porque as conversas ocorrem em sigilo.
As ações do First Republic Bank tombavam quase 12% por volta das 14h10 (horário de Brasília). Entre as opções consideradas pelo banco, segundo a Bloomberg, está uma venda.
A crise do First Republic se soma à preocupação global com a falência do Silicon Valley Bank, também dos Estados Unidos, no final da semana passada. Na quarta 15, o presidente-executivo da maior gestora de ativos do mundo alertou que o colapso do SVB poderia ser apenas o começo de uma “lenta crise” no sistema financeiro norte-americano, com “mais convulsões e fechamentos”.
“É muito cedo para saber quão generalizado é o dano”, escreveu o CEO Larry Fink em carta a investidores. “A resposta regulatória até agora foi rápida e ações decisivas ajudaram a evitar riscos de contágio. Mas os mercados permanecem no limite.”
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.