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Rumores de um golpe de Estado levaram Lula a prorrogar desoneração de combustíveis até hoje, diz Haddad

Outro fator, segundo o ministro, era a mudança no comando da Petrobras

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta terça-feira 28 a volta da cobrança de tributos federais sobre dois combustíveis. A reoneração da gasolina será de 47 centavos, enquanto a do etanol chegará a 2 centavos.

A cobrança de PIS/Cofins e Cide sobre combustíveis estava suspensa desde março do ano passado e duraria somente até o fim de 2022. Logo após tomar posse como presidente, porém, Lula (PT) prorrogou a isenção até esta terça.

Haddad afirmou que a preparação dos ataques golpistas de 8 de janeiro foi o principal fator a explicar a decisão do presidente.

“Lula, na passagem de governo, decidiu prorrogar a desoneração, dentre outras coisas, porque havia rumores em Brasília de uma tentativa de golpe de Estado, e aqueles rumores nos fizeram ter cautela e não estimular as pessoas que estavam eventualmente desagradadas pelo resultado eleitoral a fazerem o que vieram a fazer em 8 de janeiro”, afirmou o ministro.

Além disso, prosseguiu, “havia a questão da posse do novo presidente da Petrobras [Jean Paul Prates], que só aconteceu recentemente”.

Segundo Haddad, a solução encontrada para voltar a cobrar os tributos federais também “atendeu a um princípio ambiental, porque estamos favorecendo o consumo de um combustível não fóssil [etanol]”.

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