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Mercadante indica que BNDES não financiará obras de empresas brasileiras na Venezuela

O assunto ganhou repercussão a partir de declarações de Lula sobre o desejo do governo de financiar obras no exterior

Mercadante indica que BNDES não financiará obras de empresas brasileiras na Venezuela
Mercadante indica que BNDES não financiará obras de empresas brasileiras na Venezuela
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante (PT), indicou não considerar a possibilidade de o banco financiar a exportação de serviços brasileiros para obras na Venezuela. Em entrevista ao UOL nesta segunda-feira 9, ele afirmou que esse virou um “assunto ideológico” e “um problema do governo federal”.

“Você pode ter uma renegociação de dívida, mas você não faz um financiamento para quem está inadimplente. Nunca foi mais do que 1,3% do desembolso do BNDES o financiamento de serviços no exterior. Nunca foi relevante. Parece que é o centro do BNDES, mas é um problema completamente marginal diante do que são os volumes de recursos que o BNDES empresta”, pontuou.

De acordo com Mercadante, a Venezuela tem uma dívida vencida com o Brasil de 900 milhões de dólares, além de uma dívida a vencer de 172 milhões de dólares. “Ao BNDES ela não deve nada, porque nós tínhamos um fundo garantidor. Isso é um problema do governo federal e do governo venezuelano”, declarou.

O assunto ganhou repercussão a partir de declarações de Lula (PT) sobre o financiamento de obras no exterior. Durante reunião com o presidente argentino, Alberto Fernandez, o petista disse que o governo brasileiro pretende ajudar a construir o gasoduto Néstor Kirchner.

O empreendimento é considerado um instrumento chave para impulsionar a extração de gás e óleo de xisto na região conhecida como Vaca Muerta, a abrigar uma das maiores reservas do mundo.

Nesta segunda, Mercadante ainda defendeu uma discussão em torno da taxa de juros no Brasil. A atuação do Banco Central, autoridade responsável pela política monetária, também é alvo de críticas de outros integrantes do governo. “É evidente que há espaço para redução da taxa de juros. Nós temos que discutir qual é o ritmo, qual é o prazo que isso vai acontecer”, afirmou.

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