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Após encontro entre Biden e Lula, EUA anunciam apoio ao Fundo Amazônia
A medida, porém, depende do Congresso norte-americano; o presidente pode ter problemas na Câmara
O governo dos Estados Unidos anunciou na noite desta sexta-feira 10 a intenção de trabalhar com o Congresso para financiar programas de proteção à Amazônia, incluindo um “apoio inicial ao Fundo Amazônia”. A declaração ocorreu após encontro na Casa Branca entre os presidentes Joe Biden e Lula (PT).
Desde o mês passado, Biden não tem maioria no Congresso. Após as eleições de meio de mandato, o Partido Republicano assumiu o controle da Câmara.
O Fundo Amazônia, criado em 2008, foi restabelecido no início deste ano por Lula. O aporte, vindo principalmente de Noruega e Alemanha, foi interrompido durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), devido à falta de compromisso do ex-capitão com o combate às mudanças climáticas.
O objetivo da iniciativa é captar doações para investimentos em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, além de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal.
Em entrevista nesta sexta após sua reunião com Biden na Casa Branca, Lula afirmou que os Estados Unidos participariam do financiamento ao Fundo Amazônia.
“É necessário que participe. O Brasil não quer transformar a Amazônia em um santuário da humanidade, mas não quer abrir mão de que a Amazônia é um território sobre o qual ele é soberano”, declarou. “Queremos compartilhar com a ciência do mundo inteiro um estudo profundo sobre a necessidade de manutenção da Amazônia, mas extrair da riqueza da biodiversidade da Amazônia algo que possa melhorar a qualidade de vida das pessoas que moram lá.”
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