Política

Mais de 4 anos após morte de Marielle, Ronnie Lessa é expulso da Polícia Militar do RJ

Sargento estava preso, mas ainda fazia parte da corporação; decisão pela expulsão foi tomada nesta quarta-feira

Mais de 4 anos após morte de Marielle, Ronnie Lessa é expulso da Polícia Militar do RJ
Mais de 4 anos após morte de Marielle, Ronnie Lessa é expulso da Polícia Militar do RJ
O ex-PM Ronnie Lessa. Foto: Reprodução/TV Globo
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O sargento reformado Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) em março de 2018, foi expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro nesta quarta-feira 8.

O processo administrativo contra o policial se arrastava desde que ele foi preso acusado pela morte da vereadora. Ele também respondia a outros dois procedimentos contra Lessa corriam desde 2019 no Conselho de Disciplina da PM fluminense.

Nesta quarta, o conselho decidiu por excluir Lessa, que já foi condenado pela Justiça em dois outros casos. O primeiro deles trata da ocultação de armas usadas para matar Marielle, pelo qual o agora ex-policial recebeu a pena de 4 anos e meio de prisão. Mais tarde, ele também foi condenado a 13 anos e meio de prisão por comércio ilegal de armas após ter 117 peças de fuzis apreendidas na casa de um amigo.

Segundo a decisão que retirou Lessa da PM, a conduta do ex-sargento foi “execrável” e a decisão teria sido tomada “a bem da disciplina” da corporação.

“As aludidas condutas adotadas caracterizam desapreço ao serviço policial militar e aos camaradas de farda, maculando irreparavelmente a imagem da Corporação”, diz um trecho do boletim interno da polícia em que circula a decisão.

“O proceder reprovável adotado pelo militar estadual não coaduna com os preceitos basilares desta Instituição. Dessa forma, o comportamento apurado no Processo Administrativo Disciplinar ofende de maneira grave, a honradez e a credibilidade desta Instituição Bicentenária”, reforça mais adiante o documento.

A expulsão de Lessa, importante ressaltar, ocorre mais de 4 anos após a morte de Marielle Franco. Ela e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados no Rio de Janeiro com uma rajada de tiros. O mandante do crime nunca foi apontado.

(Com informações de jornal O Globo)

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