Justiça
Democracia saiu fortalecida após ataques golpistas, diz Pacheco no STF
O presidente do Senado, candidato à reeleição, alinhou-se às demais autoridades na defesa das instituições


O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), discursou na cerimônia de abertura do ano do Poder Judiciário, realizada na sede do Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira 1º. A sessão contou, também, com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do procurador-geral da República, Augusto Aras, e do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Beto Simonetti, além de outras autoridades.
Em seu pronunciamento, Pacheco reforçou críticas aos ataques golpistas de 8 de janeiro. O presidente do Congresso Nacional afirmou que “o autoritarismo de uma minoria inconformada tentou ameaçar a democracia”, mas “o Poder Judiciário mostrou a força de sua resiliência”.
Pacheco destacou também o aspecto simbólico da sessão. “Esse encontro se torna ainda mais significante com a reabertura deste plenário menos de um mês após ataques criminosos, num episódio de ofensa à democracia que ficará marcado em nossa história.”
A cerimônia foi a primeira após o início do processo de reconstrução do plenário do STF, um dos mais danificados pelos golpistas.
O senador destacou que o fato de as autoridades estarem reunidas na sede do Tribunal é a expressão da vitalidade do Estado Democrático de Direito, “que sai ainda mais forte após o episódio reprovável, que não será esquecido e produzirá consequências severas aos responsáveis”.
A responsabilização dos invasores das sedes dos Três Poderes foi mencionada por todas as autoridades que discursaram. Além disso, o tom de defesa das instituições democráticas esteve presente nos pronunciamentos, especialmente no da presidente do STF, Rosa Weber.
“Todos conhecem meu apreço ao Poder Judiciário para a estabilidade institucional. As ameaças de subversão não encontram eco em mim”, prosseguiu Pacheco.
Ele disse, ainda, acreditar no diálogo, no respeito e na moderação como bases para o enfrentamento dos “enormes desafios do Brasil”. Finalizou o discurso afirmando que “qualquer gesto que vise à desarmonia entre os Poderes da República afronta a Constituição”.
Na tarde desta quarta-feira 1º, ocorrerá a votação para a presidência do Senado. Pacheco concorre à reeleição, em disputa que deverá ser acirrada com Rogério Marinho (PL-RN).
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