CartaExpressa
Mulher receberá pensão de um salário mínimo após passar 72 anos em condição análoga à escravidão
A vítima tem 86 anos; o caso foi descoberto pelo Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro
A Justiça do Trabalho determinou, por meio de uma liminar, o pagamento de pensão mensal no valor de um salário mínimo para uma trabalhadora doméstica de 86 anos resgatada da situação mais longa de trabalho análogo à escravidão no Brasil, desde o início do registro histórico, em 1995.
A vítima trabalhou por 72 anos em uma casa sem que qualquer direito fosse concedido. Segundo os investigadores, o empregador detinha os documentos pessoais da trabalhadora e realizava os saques de sua aposentadoria.
O caso foi descoberto pelo Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro, em conjunto com a Superintendência Regional do Trabalho. O resgate ocorreu em março do ano passado.
Além da pensão, a Justiça ordenou a apreensão judicial dos imóveis e dos veículos do empregador. Ele também ficou obrigado a devolver imediatamente os documentos da trabalhadora e a quantia em dinheiro que era dela.
Relacionadas
CartaExpressa
Depois de cirurgia na cabeça, Tony Ramos recebe alta de CTI
Por Agência BrasilCartaExpressa
CNJ afasta desembargadora que fez postagens ofensivas contra Marielle Franco
Por André LucenaCartaExpressa
Militares apostaram no caos que daria o poder de intervir, diz Gilmar a jornal alemão
Por CartaCapitalCartaExpressa
RS confirma mais duas mortes de leptospirose após enchentes; total vai a quatro
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.