CartaExpressa
Não há tempo para discutir o fim do orçamento secreto neste ano, diz relator
Segundo Marcelo Castro, seria um ‘Deus nos acuda’ tratar de uma mudança nas regras das emendas em meio à PEC da Transição
O senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral do Orçamento de 2023 e aliado do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou nesta terça-feira 29 não haver tempo para discutir neste ano as emendas de relator, conhecidas como orçamento secreto.
Segundo ele, seria um “Deus nos acuda” tratar de uma mudança nas regras de pagamento das emendas em meio à articulação para aprovar a PEC da Transição, que viabiliza o Bolsa Família de 600 reais a partir do ano que vem.
“Se for meter emenda de relator no meio desses problemas aqui, não dá tempo. Quando o Lula fizer a posse, montar a equipe, vai ter um debate com o Congresso para saber como vai ficar emenda de relator daqui pra frente”, disse Castro ao jornal O Globo. Para 2023, há 19 bilhões de reais previstos para as emendas de relator.
A PEC da Transição, protocolada na segunda 28, prevê um montante de 175 bilhões de reais fora do teto de gastos a fim de bancar o novo Bolsa Família. O teto é a principal âncora fiscal em vigor no Brasil, a limitar despesas do governo à inflação do ano anterior. O texto também mantém a previsão de até 23 bilhões de reais extrateto em investimentos, totalizando 198 bilhões de reais no pacote.
Há duas semanas, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) havia divulgado uma minuta da PEC, na qual não havia um prazo fixado para o Bolsa Família permanecer fora do teto. Na versão final, há um período definido: quatro anos.
Relacionadas
CartaExpressa
Lula elogia o trabalho de Múcio na Defesa: ‘É o ministro que eu quero’
Por CartaCapitalCartaExpressa
‘Errar faz parte’: a justificativa dos deputados que votaram contra a suspensão da dívida do RS
Por Wendal CarmoCartaExpressa
O que dizem os petroleiros sobre a demissão de Prates e a nova presidente da Petrobras
Por CartaCapitalCartaExpressa
Paulo Pimenta é escolhido por Lula como autoridade federal para atuar no RS
Por CartaCapitalUm minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.