CartaExpressa

Gilmar Mendes nega habeas corpus a participantes de atos antidemocráticos

O ministro destacou ‘flagrante inadmissibilidade’ no pedido feito em prol dos apoiadores de Bolsonaro que contestam o resultado das eleições

Gilmar Mendes nega habeas corpus a participantes de atos antidemocráticos
Gilmar Mendes nega habeas corpus a participantes de atos antidemocráticos
O ministro Gilmar Mendes, decano do STF. Foto: Evaristo Sá/AFP
Apoie Siga-nos no

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, negou, neste sábado 19, a concessão de habeas corpus coletivo a manifestantes bolsonaristas que participam de atos em frente a unidades das Forças Armadas, por não aceitarem o resultado da eleição presidencial.

O magistrado avaliou um pedido feito pelo advogado Carlos Alexandre Komflahs em nome de todos os manifestantes. A defesa requeria, por exemplo, que os veículos que bloqueassem as vias públicas, durante os atos, não fossem multados em R$ 100 mil por hora. O valor foi estabelecido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

Em sua decisão, Gilmar Mendes destacou “flagrante inadmissibilidade” no pedido por atentar contra as leis e a própria Constituição.

“Arquivem-se imediatamente os autos, independentemente de publicação, sem nova conclusão dos autos em caso de interposição de recursos”, escreveu.

Na quinta-feira 17, Moraes também determinou o bloqueio de contas de 43 pessoas físicas e jurídicas suspeitas de financiar atos que atentam contra a ordem democrática. Antes, o ministro já havia autorizado as polícias militares dos estados a liberarem vias bloqueadas.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo