CartaExpressa
Equipe de Lula pode incluir na PEC da Transição um compromisso com nova âncora fiscal
Segundo o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes, ‘nosso arcabouço fiscal, especialmente o teto de gastos, se mostrou inviável’
A equipe de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode incluir na PEC da Transição o compromisso de que o governo eleito apresentará uma nova âncora fiscal, a substituir o teto de gastos. A afirmação partiu nesta sexta-feira 18 do líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (MG).
Lopes declarou que a gestão de Lula defende um novo mecanismo de controle dos gastos, mas ponderou que seria “impossível” finalizá-lo em menos de 30 dias após o resultado do segundo turno.
“É possível trazer esse compromisso na PEC, comprometer que vai enviar por lei complementar uma nova âncora fiscal”, disse o deputado em entrevista à GloboNews. Segundo ele, “nosso arcabouço fiscal, especialmente o teto de gastos, se mostrou inviável”.
Trata-se de mais uma sinalização da equipe de transição a investidores, após alguns dias de volatilidade no “mercado”. Na quinta 17, o dólar fechou em alta de 0,37%, enquanto o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, recuou 0,49%. Nesta sexta, houve uma queda de 0,5% na cotação da moeda americana e de 0,64% na Bolsa.
A nova etapa dessa reação ocorreu após a apresentação da minuta da PEC da Transição e depois de Lula afirmar que “não adianta ficar pensando só em dado fiscal, mas em responsabilidade social”. Ele emendou: “Vai aumentar o dólar, cair a bolsa? Paciência. O dólar não aumenta e a bolsa não cai por conta das pessoas sérias, mas por conta dos especuladores que vivem especulando todo santo dia”.
Relacionadas
CartaExpressa
Deputado do PL defende usar o artigo 142 e dar poder de polícia aos militares no RS
Por CartaCapitalCartaExpressa
Janja e Lula adotam cachorra resgatada das enchentes no Rio Grande do Sul
Por CartaCapitalCartaExpressa
Como será o novo sistema do governo federal para alerta de desastres naturais
Por Carta CapitalCartaExpressa
Lula e nove ministros voltam ao Rio Grande do Sul neste domingo
Por Carta CapitalUm minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.