Política

PRF diz que identificou agentes que apoiaram bolsonaristas no bloqueio de estradas

De acordo com o diretor-executivo, Marco Antônio Territo, a corregedoria já abriu procedimento disciplinar

PRF diz que identificou agentes que apoiaram bolsonaristas no bloqueio de estradas
PRF diz que identificou agentes que apoiaram bolsonaristas no bloqueio de estradas
Foto: Silvio AVILA / AFP
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A cúpula da Polícia Rodoviária Federal afirmou nesta terça-feira 1 que foram poucos os casos de agentes da força que apoiaram os bloqueios de estradas promovidos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) após confirmada a sua derrota eleitoral no domingo 30.

De acordo com a corporação, há ainda 267 obstruções ainda em andamento em diversos pontos do País.

“A PRF age no cumprimento da lei, ela não apoia a ilegalidade”, afirmou o diretor-executivo, Marco Antônio Territo, em coletiva de imprensa. “Os casos que têm aparecido já foram identificados e a corregedoria já abriu procedimento. São dois ou três casos”.

O diretor-geral da corporação, Silvinei Vasques, não participou da entrevista. A justificativa é que ele estava em reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.

Segundo os dirigentes, 306 desbloqueios já foram feitos nas últimas horas após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinar que a PRF intervenha nas vias interditadas. Neste terça, o magistrado decidiu que a Polícia Militar ajude nas operações.

Governadores como o de São Paulo e de Minas Gerais confirmaram que usarão as polícias estaduais para normalizar o fluxo nas estradas.

“Vamos fichar e, eventualmente, prender manifestantes que resistirem a desobstruir as vias”, garantiu Rodrigo Garcia (PSDB). “Faço um apelo para que as manifestações se encerrem. As eleições acabaram, vivemos em um País democrático, São Paulo respeitará o resultado das urnas e nenhuma manifestação fará com a que a democracia retroceda”.

Na coletiva, os dirigentes da PRF disseram que os protestos de bolsonaristas escalaram muito rápido, em 24 horas. No grande protesto de caminhoneiros em 2018, o ápice ocorreu cinco dias depois dos primeiros movimentos.

“A partir das 23 h de ontem, não há aumento, só redução”, afirmaram.

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