‘Um país não pode ser rico se as prefeituras forem pobres’, diz Lula ao receber carta de prefeitos

O ex-presidente Lula, candidato do PT ao Palácio do Planalto, participou de um encontro com prefeitos na tarde desta quarta-feira 26 e recebeu uma carta na qual gestores municipais listam as prioridades a serem discutidas com o governo federal.

A agenda em São Paulo contou com a participação de 15 lideranças municipais, representadas pela Confederação Nacional dos Municípios, além do coordenador de comunicação da campanha petista, Edinho Silva, prefeito de Araraquara (SP).

A prefeita de Monte Santo (BA), Silvania Matos, fez uma leitura resumida das principais reivindicações do documento, que tem como centro a revisão do Pacto Federativo. Entre as demandas, há o pedido de apoio à PEC 122/2015, a vedar a criação de novos encargos a municípios sem o respectivo recurso de custeio; o aperfeiçoamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, o Fundeb; e a promoção de ações ambientais municipais, com repasses de recursos pela União, a fim de apoiar a elaboração de políticas públicas para o desenvolvimento sustentável.

“É fundamental que o próximo presidente olhe para o País não só da cidade grande para a pequena, mas da pequena para a grande, porque é lá que reside a maioria dos brasileiros”, defendeu a prefeita.

Durante a agenda, Lula disse que, se eleito, promoverá com prioridade uma reunião com os 27 governadores, agenda que será seguida por conversas com prefeitos.

“Isso é compromisso. É na cidade que acontecem os problemas, que o povo procura médico, ônibus e escola e vai na casa do prefeito xingar”, declarou o ex-presidente, ao enaltecer ações de gestões petistas como o Programa de Aceleração de Crescimento, o Minha Casa, Minha Vida e o Bolsa Família, em parceria com as prefeituras.

“Demos mais condições para que as prefeituras pudessem trabalhar, mas todos esses programas só podem dar certo se as prefeituras participarem ativamente.”

Lula ainda defendeu um equilíbrio orçamentário entre os entes federativos.

“Um país não pode ser rico se as prefeituras forem pobres”, prosseguiu o petista. “Toda vez que o governo resolve fazer desoneração de alguma coisa, tem que saber que os municípios perderão dinheiro. Quando faz uma política pública, tem que saber quem quem executa é o prefeito.”

Estiveram presentes na agenda os prefeitos de Diadema (SP), José Fillipi; de Mauá (SP), Marcelo Oliveira; de Monte Santo (BA), Silvania Matos; de Belo Jardim (PE), Luiz Aroldo; de Cândido Rodrigues (SP), Fabricio Roncolli; de Bastos (SP), Manoel Ironildes; de Redenção (SP), Jucimar; de Matão (SP), Aparecido Ferrari; de Areiopolis (SP), Antônio Marcos dos Santos; de Casa Branca (SP), Marco Cesar de Paiva; de Tapiraí (SP), Araldo Todesco; de Pederneiras (SP), Ivana Maria Bertolini; a ex-prefeita de Lourdes (SP) Gisele Tonchis; e o ex-prefeito de Araraquara (SP) Marcelo Barbieri.