Política

Ministério da Mulher pede mais 30 dias para esclarecer MPF sobre suposto caso de exploração sexual no Pará

Damares Alves afirmou que a Pasta teria encaminhado as denúncias sobre os crimes aos órgãos competentes; MPF nega ter recebido a documentação

A ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves. Foto: UN Photo/Pierre Albouy
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O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos pediu aditamento do prazo por mais 30 dias para esclarecer os procedimentos adotados no suposto caso de exploração sexual de crianças na região do Marajó denunciado pela ex-ministra da Pasta, Damares Alves (Republicanos) em evento religioso.

Conforme declarações de Damares, o Ministério teria documentos que comprovam a exploração sexual de crianças no Pará e que teria enviado a denúncia para o Ministério Público Federal. 

O Ministério Público Federal alega jamais ter recebido tais documentos e que “nos últimos 30 anos, nenhuma denúncia ao MPF sobre tráfico de crianças no Marajó mencionou torturas citadas por Damares”.

A Polícia Civil do Pará também disse não haver investigações relacionadas às denúncias.

Em ofício enviado à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) do MPF, a pasta justificou o pedido em razão do “elevado número de registros” de denúncias coletado internamente. O prazo dado oficialmente venceu nesta segunda-feira 17. 

A atual titular do Ministério, Cristiane Britto afirmou que a Pasta registrou 5.440 notícias que indicam “possível ocorrência de estupro de crianças ou de tráfico de criança no estado do Pará”.

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