Política

Exército divulga nota para rebater matéria que indica respeito da Força ao resultado da eleição

O Comando da Força disparou contra reportagem intitulada ‘Alto-Comando do Exército diz que quem ganhar leva a Presidência e se afasta de auditoria de votos’

Exército divulga nota para rebater matéria que indica respeito da Força ao resultado da eleição
Exército divulga nota para rebater matéria que indica respeito da Força ao resultado da eleição
Foto oficial da 344ª Reunião do Alto-Comando do Exército, realizada em cinco encontros ao longo da primeira semana de agosto, no Quartel-General do Exército, em Brasília. Foto: Divulgação/CCE
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O Exército divulgou uma nota, nesta sexta-feira 30, para desmentir uma reportagem do Estado de S.Paulo intitulada Alto-Comando do Exército diz que quem ganhar leva a Presidência e se afasta de auditoria de votos. Na matéria, o jornal informa que, durante reunião em agosto, os 16 oficiais-generais do grupo mais influente das Forças Armadas sugeriram que a caserna vai reconhecer o anúncio do vencedor pelo Tribunal Superior Eleitor.

No texto divulgado para rebater a reportagem, o Comando do Exército “manifesta total repúdio ao seu conteúdo”.

“Na reunião do Alto-Comando do Exército (ACE), ocorrida entre 1º e 5 de agosto, não foram tratados assuntos de natureza político-partidária, tampouco houve qualquer manifestação de oficial do ACE nesse sentido. Os dados apresentados na matéria são inverídicos e tendenciosos”, diz a Força.

Segundo a nota, “é lamentável que um veículo de expressão nacional promova desinformação que só contribui para a instabilidade do País” e, “dessa forma, as medidas judiciais cabíveis estão sendo estudadas”.

“O Exército Brasileiro é uma instituição nacional, cônscio de suas missões constitucionais e democráticas, tendo na hierarquia e na disciplina seus pilares inabaláveis.”

A se confirmar a informação do Estadão, a posição do Alto-Comando do Exército poderia reduzir o impacto da prometida auditoria das urnas. Ao jornal, fontes militares afirmaram que o resultado dessa auditoria não vai atestar ou reprovar a confiança nas eleições, restringindo-se a reportar o trabalho de fiscalização nas suas duas últimas fases: os testes de integridade das urnas e a checagem amostral do somatório por meio de boletins de votação.

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