Política
Bolsonaro não garante apoio a Romário na disputa pelo Senado no Rio: ‘mais tarde a gente decide’
Cenário está embolado com outro dois aliados na disputa: Clarissa Garotinho (União) e Daniel Silveira (PTB)


Diante de um cenário embolado com três aliados na disputa pelo Senado no Rio, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira que adiará a decisão sobre qual deles irá apoiar. Dessa forma, o chefe do Executivo não garantiu que trabalhará para eleger seu correligionário, Romário, na corrida contra Daniel Silveira (PTB) e Clarissa Garotinho (União), os outros dois nomes que se colocam como alinhados ao presidente.
— A disputa pelo Senado está mais ou menos aparelhada lá. Mas a gente espera que o Psol não vença – o que seria uma tragédia. Então, mais tarde um pouquinho, a gente decide por um nome ao Senado pelo Rio de Janeiro – afirmou.
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) negou o registro de candidatura de Daniel Silveira, aliado de longa data de Bolsonaro, no início do mês por sua condenação em 2021 pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) a oito anos e nove meses em regime fechado por ataques às instituições e por organizar atos antidemocráticos. O parlamentar, no entanto, não chegou a cumprir pena em função de indulto concedido pelo presidente, que perdoou sua pena um dia após a decisão da Corte.
Nesta terça-feira, o TRE negou por unanimidade novos pedidos apresentados à corte pela defesa do deputado, que recorreu da decisão e agora o caso será encaminhado ao TSE, que deve referendar ou refutar a decisão do tribunal do Rio.
Clarissa Garotinho, por sua vez, está fazendo uma campanha totalmente ligada à imagem de Bolsonaro e tem dividido palanque com o chefe do Executivo em suas viagens ao Rio de Janeiro. Ela esteve, por exemplo, nos eventos do 7 de Setembro no estado e ocupou lugar de destaque no palanque que recebeu o titular do Planalto e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, na Marcha para Jesus, em agosto.
Romário, no entanto, não tem sido visto nas agendas de Bolsonaro no estado, apesar de ser candidato pelo PL e compor a chapa do governador Cláudio Castro (PL), que tenta a reeleição com o apoio do Palácio do Planalto.
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