Política

Rodrigo Pacheco diz que não participará de desfile de 7 de Setembro

Presidente do Senado já vinha dizendo a aliados que não iria ao evento caso pudesse se tornar um palanque político de Bolsonaro

Rodrigo Pacheco diz que não participará de desfile de 7 de Setembro
Rodrigo Pacheco diz que não participará de desfile de 7 de Setembro
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Apoie Siga-nos no

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira que não participará do desfile cívico do feriado de 7 de Setembro, em Brasília. Questionado sobre sua presença no evento, o senador afirmou que irá apenas na sessão solene do Congresso em comemoração ao bicentenário da Independência, marcada para o dia 8.

Pacheco já vinha dizendo a aliados que estava em dúvida se participaria ou não do evento de 7 de Setembro. Há um receio do presidente do Senado de que o evento poderia se tornar um palanque do presidente Jair Bolsonaro (PL), e a presença do senador poderia endossar qualquer pauta antidemocrática que seja reivindicada no desfile — seja por parte do mandatário ou por seus apoiadores.

Em entrevista coletiva nesta tarde, porém, Pacheco não especificou os motivos de não ir ao desfile. Afirmou apenas que participará do evento do Congresso, para o qual também foram convidados ex-presidentes da República.

— Não [vou ao desfile]. Nós vamos participar aqui no Congresso Nacional da sessão solene, no dia 8. Nós receberemos o presidente da República, Jair Bolsonaro, o presidente do Supremo, Luiz Fux — disse Pacheco, que completou: — Será uma celebração muito bonita do bicentenário da Independência no âmbito do Congresso Nacional. Uma solenidade verdadeiramente cívica.

No feriado do 7 de Setembro do ano passado, Bolsonaro participou de manifestações que reivindicavam, entre outras pautas, o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Eleitoral (STF), a prisão dos ministros da Corte e a volta da ditadura.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo