Política
O que diz Moraes sobre possibilidade de golpe bolsonarista e porte de armas na eleição
Presidente do TSE esteve reunido com membros do Pacto pela Democracia no dia em que a PF deflagrou uma operação contra empresários bolsonaristas


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, reforçou a integrantes do Pacto pela Democracia que não há qualquer possibilidade de golpe.
O magistrado se reuniu com o grupo na terça-feira 23, mesmo dia em que a Polícia Federal deflagrou uma operação, com o aval do ministro, contra empresários bolsonaristas defensores de um golpe em caso de vitória do ex-presidente Lula (PT) nas eleições de outubro.
“O principal recado dele foi o de sermos mais propositivos do que reativos. Não dá mais para a gente ficar respondendo ameaças de golpe. Ele deu a entender que essa opção está descartada”, afirmou Paulo José Lara, coordenador do Programa de Direitos Digitais da Artigo 19, uma das mais de 200 organizações da sociedade civil que compõem o Pacto, em entrevista ao Direto da Redação, programa no canal de CartaCapital no Youtube. “Ele disse que tem conversado com muitos políticos e está muito seguro. A grande maioria, mesmo quem apoia Bolsonaro, diz que não coloca em dúvida o resultado”.
Um outro ponto destacado no encontro, como antecipou CartaCapital, foi o risco de no dia da eleição grupos armados, os CACs (Colecionadores, Atiradores desportivos e Caçadores), que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL), promoverem desordem.
“Há uma preocupação específica que é, durante as eleições, no período de 17h de sábado até o fim do domingo, de que seja proibido o porte de armas para quem tem esse tipo de licença”, disse Lara na quarta-feira 24. “O Moraes disse que está atento à questão e indicou que deve haver algum tipo de proibição”.
O presidente do TSE chegou a se reunir com comandantes de polícias militares para discutir o tema. O encontro também serviu para garantir que as tropas estão sob controle para realizar eleições pacíficas.
Aos membros do Pacto pela Democracia, o ministro teria demonstrado que “para além de ficar na defensiva, a sua gestão vai ser propositiva”.
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