Justiça

TCU recomenda apuração de irregularidades em compra de Viagra pela Marinha

Apenas a força comprou princípio ativo capaz de produzir 3,75 milhões de comprimidos do medicamento

TCU recomenda apuração de irregularidades em compra de Viagra pela Marinha
TCU recomenda apuração de irregularidades em compra de Viagra pela Marinha
Entregaram o ouro. Sachsida e Guedes ganharam um prêmio de consolação. Cedraz e os demais colegas do TCU ignoraram os alertas de Vital do Rêgo - Imagem: Leopoldo Silva/Ag.Senado, Arquivo TCU e Edu Andrade/ME
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O Tribunal de Contas da União acatou a representação feita pelo deputado federal Elias Vaz (PSB) ao considerar que existem indícios de irregularidades no contrato do Laboratório Farmacêutico da Marinha com a EMS S/A para compra de 11 milhões de comprimidos de Viagra. 

Diante dos indícios, o TCU recomendou abertura de procedimento para investigar o caso. 

O parlamentar denunciou haver superfaturamento de até 550% na compra dos medicamentos pelas Forças Armadas após realizar uma varredura no Portal da Transparência e no Painel de Preços do governo federal. 

Os comprimidos, que custam em torno de 0,48 centavos para o Ministério da Saúde, foram comprados por valores entre 2,91 e 3,14 reais pela Marinha, gerando um prejuízo à União de cerca de 27 milhões de reais. 

O TCU determinou o prazo de 15 dias para que o Laboratório Farmacêutico da força explique o contrato firmado com a EMS S/A para o fornecimento do princípio ativo do viagra, entre 2019 e 2022. 

A equipe técnica do órgão pediu para que seja esclarecido “qual o procedimento de contratação utilizado para a aquisição do medicamento, necessariamente abordando todos os eventuais contratos assinados para esse fim, a metodologia utilizada para a precificação do produto e a eventual transferência de tecnologia, bem como o encaminhamento da documentação comprobatória”.

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